"A reunião entre o Governo e os membros designados do nosso partido já começou no parlamento", disse o porta-voz do partido Paquistão Tehreek-e-Insaf (PTI), Ahmed Janjua.
Khan ameaçou, no início de dezembro, iniciar um movimento de desobediência civil se o Governo do primeiro-ministro, Shehbaz Sharif, não formasse uma comissão judicial para investigar uma série de motins nos quais o líder da oposição acredita que os seus seguidores foram violentamente reprimidos pelas forças de segurança.
Além disso, exigiu também a libertação dos "presos políticos" que estão a ser julgados.
O Governo paquistanês concordou no domingo, dia em que expirou o prazo dado por Khan, sentar-se para negociar com a oposição, e nomeou oito membros de alto nível do executivo, incluindo o vice-primeiro-ministro e o ministro dos Negócios Estrangeiros, para integrarem a comissão.
Sharif indicou que espera que "seja dada prioridade à segurança nacional e ao interesse nacional" durante o processo de diálogo.
Terminada a reunião, os cinco membros da comissão nomeados pelo PTI pretendem reunir-se com Khan, na prisão, para o informar sobre o conteúdo das conversações, após as quais aquele decidirá a estratégia a seguir, explicou, em comunicado divulgado no domingo, o porta-voz central do partido da oposição, Waqas Akram.
Khan, que está preso desde agosto de 2023 por acusações de corrupção, indicou que o primeiro passo do movimento seria impedir as remessas que chegam do exterior para o Paquistão, aproveitando que o PTI é o partido que tem mais seguidores entre os paquistaneses que vivem fora das fronteiras.
Khan serviu como primeiro-ministro do Paquistão de 2018 a 2022, quando foi afastado do poder por uma moção de desconfiança no parlamento.
Desde agosto de 2023 que Khan está preso na cidade de Rawalpindi e enfrenta dezenas de acusações que garante terem motivações políticas.
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