Rússia garante que Bashar al-Assad tem liberdade de circulação no país

As autoridades russas afirmaram hoje que o presidente sírio deposto, Bashar al-Assad, tem liberdade de circulação no país, afastando relatos sobre a imposição de alegadas restrições contra o antigo líder da Síria.

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© Dmitri Chirciu/Anadolu Agency via Getty Images

Lusa
23/12/2024 14:17 ‧ há 3 horas por Lusa

Mundo

Dmitri Peskov

O porta-voz do Kremlin (presidência russa), Dmitri Peskov, indicou que "não existem" restrições contra al-Assad, a quem a Rússia deu asilo após a queda do regime às mãos de grupos rebeldes e 'jihadistas' liderados pela Organização de Libertação do Levante (Hayat Tahrir al Sham - HTS, em árabe).

 

Vários meios de comunicação tinham avançado que a mulher de al-Assad, Asma, pediu-lhe o divórcio e quis sair da Rússia, uma vez que as propriedades do seu marido estão atualmente congeladas.

Na quinta-feira, o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, garantiu que ainda não se reuniu com al-Assad e admitiu que a atual situação na Síria "não é fácil".

No entanto, confirmou que o seu Governo mantém contactos com os grupos que estão agora no comando.

Putin confirmou ainda que as autoridades russas ajudaram a retirar "4.000 combatentes iranianos" da Síria já que eram aliados de Bashar al-Assad e se tinham, por isso, tornado alvos das novas autoridades 'de facto'.

Segundo o Presidente russo, os combatentes iranianos foram levados a partir da base russa da província de Latakia.

Numa ofensiva relâmpago iniciada a 27 de novembro, a HTS, herdeira da antiga afiliada síria da Al-Qaida e classificada como grupo terrorista por países como Estados Unidos, Reino Unido, Canadá e ainda a União Europeia, tomou as posições das tropas governamentais sírias e, em poucos dias, apoderou-se de Alepo, a segunda maior cidade do país e, em grande parte, controlada pelo regime.

Bashar al-Assad, que esteve no poder 24 anos, foi derrubado no dia 08 de dezembro e fugiu com a família para a Rússia.

O novo poder instalado em Damasco nomeou o político Mohammed al-Bashir como primeiro-ministro interino do governo sírio de transição, cargo que assumirá até março de 2025.

Leia Também: Rússia retirou parte do pessoal diplomático de Damasco

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