Pentágono adota medidas que revogam veto de Trump às pessoas transgénero
O Pentágono anunciou hoje uma série de medidas que revogam as políticas adotadas pela administração do ex-Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impedia pessoas transgénero de servirem nas forças armadas.
© Reuters
Mundo Pentágono
De acordo com a agência Efe, as novas disposições do Departamento de Defesa permitem aos membros desse coletivo alistarem-se e servirem com o género com que se identifiquem.
As pessoas terão também acesso a assistência médica no processo de mudança de sexo se o requerirem, explicou hoje o porta-voz do Pentágono, John Kirby, em conferência de imprensa.
Hoje, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, converteu-se no primeiro líder do país a comemorar o Dia Internacional da Visibilidade Transgénero, e pediu que se respeite "o valor e a dignidade" dessas pessoas.
Nos últimos meses, a Defesa norte-americana tem estado a desenvolver estas medidas, depois de Joe Biden ter ordenado, cinco dias depois da sua tomada de posse como Presidente em 20 de janeiro, a derrogação do veto às pessoas transgénero nas forças armadas, imposto pelo antigo presidente Donald Trump.
A ordem executiva de Joe Biden estabelecia que todos os americanos que estejam qualificados para servir como soldados possam fazê-lo.
As medidas anunciadas hoje pelo Pentágono, e que entrarão em vigor em 30 dias, proíbem ainda a discriminação por identidade de género.
O secretário da Defesa, Lloyd Austin, pediu também que se revejam os arquivos quanto a soldados que tenham sido dispensados ou a quem tenha sido negada a readmissão devido à sua identidade de género durante a administração do republicano Donald Trump.
As pessoas transgénero não puderam servir nas forças armadas dos Estados Unidos até à administração de Barack Obama (2009-2017), em que Joe Biden foi vice-presidente, ter levantado essa proibição.
Em julho de 2017, Donald Trump anunciou que tinha a intenção de vetar todas as pessoas transgénero das forças armadas "pelos altos custos que isso implicava", tendo a Casa Branco aconselhado o não recrutamento de pessoas que pudessem querer fazer uma operação de mudança de sexo.
Em março de 2018, o Departamento de Defesa de Donald Trump apresentou uma norma que estabelecia que pessoas com "historial de disforia de género" estavam desqualificadas do serviço limitar, exceto em "circunstâncias limitadas".
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