"Estamos a lidar com a situação [de insegurança], acompanhando constantemente os acontecimentos. Já atendemos à retirada de sul-africanos retidos em Moçambique, tendo a Força Nacional de Defesa repatriado o corpo de um sul-africano que morreu, e continuamos envolvidos em garantir a segurança dos nossos cidadãos em Moçambique, em Pemba e em Palma", declarou o Presidente Ramaphosa.
"A Força Nacional de Defesa [SANDF, na sigla em inglês] está a trabalhar intensivamente para garantir a segurança de sul-africanos", adiantou.
O chefe de Estado sul-africano falava a jornalistas à margem de uma cerimónia do partido no poder, realizada esta manhã, em homenagem à ativista Winnie Madikizela-Mandela, no Soweto, arredores de Joanesburgo.
A África do Sul reforçou em 27 de março a sua missão diplomática em Moçambique na sequência do ataque terrorista na cidade de Palma, junto aos projetos de gás no norte do país, anunciou o Governo de Pretória.
Seis cidadãos sul-africanos foram resgatados na passada terça-feira, pela Força Área sul-africana, segundo o Ministério da Cooperação e Relações Internacionais (DIRCO, na sigla em inglês).
A operação de evacuação para a África do Sul, realizada pela Força Aérea Sul-Africana (SAAF, na sigla em inglês), envolveu também o repatriamento dos restos mortais de um homem sul-africano de 40 anos que morreu nos atentados terroristas na sexta-feira, na vila de Palma, norte da província moçambicana de Cabo Delgado, referiu em comunicado.
Na segunda-feira, o embaixador da África do Sul em Moçambique, Siphiwe Nyanda, estimou ao canal público SABC que há 50 cidadãos sul-africanos afetados pelos atentados terroristas no norte do país vizinho desde quarta-feira.
A violência desencadeada há mais de três anos na província de Cabo Delgado ganhou uma nova escalada há uma semana, quando grupos armados atacaram pela primeira vez a vila de Palma, que está a cerca de 25 quilómetros dos multimilionários projetos de gás natural.
Os ataques provocaram dezenas de mortos e obrigaram à fuga de milhares de residentes de Palma, agravando uma crise humanitária que atinge cerca de 700 mil pessoas na província, desde o início do conflito, de acordo com dados das Nações Unidas.