As exceções a este dever geral de confinamento estão apenas previstas para casos de emergência em que seja solicitada, online, uma autorização especial ou para trabalhadores de setores e serviços considerados essenciais como farmácias, supermercados, pescas ou agricultura.
Apesar de ter proibido as procissões ou refeições em família durante este período da Páscoa, o Líbano decidiu permitir celebrações e orações em locais de culto mediante autorização especial e desde que a lotação não ultrapasse os 30% da capacidade e sejam implementadas medidas preventivas de segurança.
O Líbano, onde mais de 35% da população professa o cristianismo, principalmente a fé maronita e, em menor escala, a igreja ortodoxa grega, foi o único país do médio oriente a decretar um confinamento geral durante este período pascal.
Depois do Natal, o país registou uma forte subida de novos casos de infeção, o que obrigou as autoridades a impor um longo confinamento.
Através da sua conta no Twitter, o diretor executivo do hospital universitário Rafic Hariri, Firas Abiad, alertou hoje que o número de novas infeções e de mortes por covid-19 continua "elevado", embora o número de pessoas internadas em Unidades de Cuidados Intensivos (UCI) esteja a descer, o que é atribuído à vacinação das pessoas com mais de 75 anos de idade.
Desde a chegada das primeiras doses de vacinas, em meados de fevereiro, que o Líbano iniciou uma campanha de vacinação que dá prioridade aos mais velhos e aos profissionais de saúde.
Porém, o número de pessoas imunizadas é de apenas 153 mil, numa população total de 7 milhões.
De acordo com os dados do Ministério da Saúde do Líbano, desde o início da pandemia o país registou cerca de 472 mil casos de infeção e quase 6.300 mortos. Nas últimas 24 horas foram detetados mais 3.500 novos casos.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.829.089 mortos no mundo, resultantes de mais de 129,5 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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