Manifestações em cidades alemãs contra medidas de contenção da doença

Milhares de pessoas participaram hoje em protestos, em várias cidades alemãs, contra as restrições impostas pela pandemia, uma iniciativa que contou com o apoio da extrema-direita.

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© Thomas Niedermueller/Getty Images

Lusa
03/04/2021 15:51 ‧ 03/04/2021 por Lusa

Mundo

Covid-19

A maior concentração de pessoas ocorreu em Estugarda, no sul da Alemanha, que tem sido palco, nos últimos meses, de grandes marchas contra as medidas para controlar a covid-19.

Hoje, cerca de 2.500 pessoas desfilaram pelo centro da cidade, capital do Estado de Baden-Württemberg, segundo estimativas da polícia, citadas pela agência de notícias espanhola EFE.

As autoridades locais organizaram um forte contingente policial para evitar confrontos e as forças policiais avisaram os participantes de que seriam obrigados a usar máscara e a manter as regras de higiene.

As forças policiais alertaram os participantes para a dissolução do desfile, caso as normas em vigor no país não fossem respeitadas.

Estes grupos de contestatários reúnem desde cidadãos insatisfeitos com as medidas em vigor até seguidores de teorias da conspiração e de extrema-direita.

Também em Berlim se realizou um protesto em frente às Portas de Brandemburgo, que reuniu centenas de pessoas, segundo a EFE.

Marchas semelhantes foram igualmente convocadas em Hamburgo (a norte do país), Colónia (oeste) e Kassel (centro), uma cidade que recentemente foi palco de violentas altercações entre polícia e manifestantes.

Esta semana, registou-se na Alemanha uma ligeira queda na incidência semanal de contágio, com 131,4 casos por 100 mil habitantes, segundo dados do Instituto Robert Koch (RKI).

No total, foram identificados 18.129 casos de infeção e 120 mortes nas últimas 24 horas, contra 20.472 infeções e 157 óbitos de sábado passado.

Desde o início da pandemia, o país registou 2,87 milhões de doentes, dos quais 2,5 milhões recuperaram, tendo falecido 76.895 pessoas.

Leia Também: Presidente alemão afirma que o país vive uma "crise de confiança"

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