O Ministério da Saúde brasileiro notificou, este domingo, mais 31.359 casos de infeção por novo coronavírus, um valor menor do que o reportado no sábado (43.515), e mais 1.240 óbitos associados à doença, registando-se aqui, também, uma descida em relação à véspera (1.987).
Sublinhe-se que ao fim de semana, e até à segunda-feira, é normal registar-se uma descida dos valores diários de óbitos e de novos casos porque algumas secretarias de Saúde regionais não fazem notificação de dados.
O número acumulado de casos confirmados no país, desde 26 de fevereiro do ano passado, é agora de 12.984.956, e o número de óbitos é de 331.433, segundo o site do Ministério da Saúde.
Entre o total de casos positivos confirmados, mais de 11,3 milhões são considerados recuperados da doença, enquanto mais de 1,2 milhões permanecem sob acompanhamento médico.
A tutela reporta, este domingo, uma taxa de incidência de 158 mortes e 6.479 casos por cada 100 mil habitantes. O Brasil, recorde-se, atravessa a pior fase da crise pandémica, tendo registado, na semana passada, novos máximos diários de óbitos sucessivos (com um recorde de 3.869 mortes no dia 31 de março).
Após medidas restritivas impostas nas últimas semanas pelas autoridades em várias cidades do país, incluindo São Paulo e Rio de Janeiro, a curva epidemiológica registou um ligeiro declínio, embora os especialistas temam uma nova subida após a Páscoa.
Apesar dos decretos emitidos por governadores e prefeitos para restringir a circulação de pessoas, um juiz do Supremo Tribunal brasileiro autorizou a celebração de missas e festividades em todo o país neste Domingo de Páscoa.
O agravamento da crise sanitária coincide com o lento processo de vacinação no Brasil, devido à falta de doses disponíveis.
A este respeito, o diretor do Instituto Butantan, o maior fabricante de vacinas contra a covid-19 no Brasil, Dimas Covas, advertiu que os próximos 15 dias serão dramáticos para o país.
"Estamos numa altura em que a velocidade de transmissão ainda é muito elevada. Abril vai ser dramático para o Brasil", disse Covas numa entrevista ao jornal Valor Económico.
Segundo o médico, a nação sul-americana está em ritmo acelerado para 4.000 mortes por dia devido à covid-19 e poderá ultrapassar a barreira trágica de 5.000 mortes por dia.
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