Anthony Fauci, principal especialista norte-americano em doenças infecciosas, alertou esta quinta-feira que o número de novos casos de Covid-19 estabilizou num "nível perturbadoramente alto". Os EUA estão agora sob a ameaça de um nova vaga da pandemia.
Apesar de os números da pandemia, no início deste ano, terem aparentado uma certa estabilidade, certo é que essa realidade mudou e, na passada quarta-feira, os EUA reportaram 61 mil novos casos de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins. Esta tendência crescente dos números da pandemia na população norte-americana preocupa o diretor do Instituto Nacional de Alergia e Doenças Infeciosas, que, em declarações à CNN, destacou também o aparecimento das novas variantes.
"É quase uma corrida entre vacinar as pessoas e esta onda que parece que quer crescer", apontou o especialista, sublinhando que a Europa vive um cenário muito idêntico ao que preocupa os especialistas norte-americanos.
Aquele que foi um dos responsáveis pela estratégia de combate à pandemia de Covid-19 nos Estados Unidos deixou um apelo à vacinação e ao cumprimento das medidas de prevenção de contágio. "Aguentem um pouco mais. Agora não é o momento, como já disse tantas vezes, de declarar vitória de forma prematura", vincou.
Na campanha de vacinação, cerca de 107,5 milhões de pessoas (32,4% da população) já receberam pelo menos uma dose da vacina, das quais 62,4 milhões (18,8%) já tomaram duas doses e completaram o processo, indicaram os Centros de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC) norte-americanos.
Os Estados Unidos atingiram esta quarta-feira os 559.066 mortos por Covid-19 e o total de 30.917.756 casos desde o início da pandemia, segundo a contagem independente da Universidade Johns Hopkins. Os EUA são o país com mais mortes devido ao novo coronavírus e também com mais casos de infeção.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, previu que o país registe no total mais de 600 mil mortos devido à Covid-19. O Instituto de Métricas e Avaliações de Saúde da Universidade de Washington, em cujos modelos de projeção da evolução da pandemia a Casa Branca se baseia com frequência, previu cerca de 610 mil mortes até ao 1 de julho.
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