"Os migrantes estavam a ser transportados por contrabandistas", escreveu Mohammed Abdiker, diretor da OIM para a região oriental e do Corno de África, na rede social Twitter, lamentando a "segunda tragédia deste tipo em pouco mais de um mês".
A 4 de março, 20 pessoas morreram no mesmo estreito de Bab el-Mandeb.
Uma fonte da OIM disse à agência France-Presse (AFP) que a quilha do barco virou "por volta das 04:00, a norte de Obock", uma cidade na costa do Djibuti.
"Foi um barco que deixou o Iémen, com cerca de 60 migrantes a bordo, segundo os sobreviventes", referiu, acrescentando que a embarcação teria sido perseguida pela guarda costeira e enfrentara grandes ondas, pois "o tempo estava mau".
Os sobreviventes foram tratados pela OIM e pelas autoridades" em Djibuti.
O estreito de Bab el-Mandeb, que separa Djibuti do Iémen, é uma importante área de tráfico para migrantes e refugiados, com os iemenitas a fugir da guerra e os africanos a tentarem a sua sorte na Península Arábica.
Em março, cerca de 20 migrantes de Djibuti afogaram-se depois de contrabandistas terem despejado dezenas de pessoas num barco superlotado de 200 pessoas.
Dois incidentes semelhantes foram relatados em outubro, resultando na morte de pelo menos 50 migrantes.
"Apreender e processar os traficantes e contrabandistas de seres humanos que exploram as vulnerabilidades dos migrantes deve tornar-se uma prioridade", defendeu Abdiker na sua mensagem no Twitter, através da qual lamentou "demasiadas vidas perdidas desnecessariamente".