A Direção-geral da Saúde francesa está a recomendar a administração de uma terceira dose das vacinas da Pfizer e da Moderna a pacientes imunocomprometidos.
Numa nota enviada no domingo aos profissionais de saúde do país, aquela autoridade detalha que estão abrangidas por esta recomendação as pessoas que fizeram transplantes de órgãos sólidos, transplantes de medula óssea recentes, pacientes em diálise e pacientes com doenças autoimunes sob forte tratamento imunossupressor.
Não estão elegíveis pacientes com "insuficiência renal crónica que não estejam em diálise, pacientes com cancro e pacientes com doenças autoimunes sob outros tratamentos imunossupressores", acrescentou ainda a autoridade de saúde francesa, que remeteu informações detalhadas para mais tarde.
Essa dose adicional deve ser administrada, pelo menos, quatro semanas após a segunda injeção, “ou o mais rápido possível para pessoas que já ultrapassaram esse tempo”, especifica a DGS.
A recomendação das autoridades francesas surge na sequência de vários estudos publicados recentemente que mostram que, nesses pacientes mais vulneráveis, o protocolo clássico de duas injeções não é suficiente para desenvolver imunidade protetora suficiente contra a Covid-19.
A notícia foi recebida com alívio pelas associações de pacientes do país, mobilizada para este assunto há várias semanas.
No final de março, também o Reino Unido anunciou que está a trabalhar para oferecer uma terceira dose da vacina contra a covid-19, mas para toda a população, com o objetivo de reforçar a imunidade caso as novas variantes do coronavírus se tenham espalhado.
Na altura, em entrevista publicada hoje no jornal "The Telegraph", o secretário da Estado para a vacinação, Nadhim Zahawi, explicou que os maiores de 70 anos e os profissionais de saúde que estão na linha da frente terão prioridade para essa inoculação adicional.
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