"Eles (Rússia) ameaçam abertamente com uma guerra e com a destruição do Estado ucraniano", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros do Governo de Kiev numa conferência de imprensa conjunta em que participaram os homólogos dos países bálticos que se encontram em Kiev.
"Nós condenamos o agravamento da situação securitária (provocada) pela Rússia, assim como os atos e declarações de Moscovo que visam incrementar a tensão militar minando os esforços diplomáticos", acrescentou Kuleba.
"A 'linha vermelha' para a Ucrânia são as fronteiras do Estado. Se a Rússia violar essa 'linha vermelha' vai sofrer", disse ainda o chefe da diplomacia de Kiev apelando "aos ocidentais" para a aplicação de novas sanções contra Moscovo.
O Governo ucraniano teme que Moscovo esteja a tentar provocar um "casus belli" para tentar justificar uma operação armada mas o Kremlin nega "estar a ameaçar seja quem for" e acusa a Ucrânia de "ameaças".
A Rússia projetou nas últimas semanas dezenas de milhares de soldados para junto da fronteira com a Ucrânia e na Península da Crimeia, ocupada e anexada ilegalmente em 2014.
A Rússia diz estar a levar a cabo "exercícios militares" em resposta "às ameaças" da Aliança Atlântica e não aceita as intenções de Kiev que pretende integrar a organização.
Leia Também: Missão da OSCE observa recorde de violações do cessar-fogo na Ucrânia