Através de uma carta datada de 13 de abril, cujo conteúdo foi conhecido na segunda-feira, a procuradora-geral nova-iorquina Letitia James foi autorizada a investigar o trabalho desempenhado pelos funcionários da equipa de Cuomo na criação e publicação do livro "Crise Americana: Lições de Liderança da pandemia de covid-19", publicado no final do ano passado.
O gabinete da procuradora-geral confirmou a receção da missiva, mas recusou comentar o processo, já que é uma "investigação em curso".
Cuomo e vários porta-vozes do governador do estado de Nova Iorque reconheceram o contributo de vários funcionários, mas insistiram que todo o trabalho foi feito na base do voluntariado e fora do horário de trabalho.
Em causa poderá estar a violação da legislação que impede funcionários públicos de utilizarem recursos estatais para fins próprios.
Letitia James tem autorização para investigar e, se achar necessário, levar a julgamento todas as pessoas que considere que tiveram influência na utilização dos recursos estatais, nomeadamente os funcionários do gabinete de Cuomo, com a finalidade de publicar o livro.
Um porta-voz do governador nova-iorquino recusou a ideia de que a investigação é uma jogada política.
"A ideia de que houve criminalidade nisto é patentemente absurda", referiu este porta-voz à Associated Press (AP), reafirmando que toda a colaboração na criação e publicação do livro foi feita na base do voluntariado.
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