Esta reforma da lei sobre a proteção contra as infeções, que impõe o desencadeamento automático de severas restrições a nível nacional além de um determinado limiar de casos de covid-19, foi aprovada com os votos dos conservadores e dos sociais-democratas, aliados no governo e que têm a maioria no parlamento.
Os Verdes abstiveram-se por considerarem que as medidas ficam aquém e que deveriam ter sido ativadas antes, enquanto o Partido Liberal (FDP), que considera "contrário à Constituição" determinar recolheres obrigatórios nacionais, já tinha anunciado que votava contra.
A Alternativa para a Alemanha (AfD, extrema-direita) votou contra, após acusar o governo de restringir as liberdades individuais fundamentais, assim como a esquerda radical Die Linke.
No total votaram a favor da lei 342 deputados, contra 250 e abstiveram-se 64.
Fora do parlamento, milhares de manifestantes -- entre seguidores de teorias da conspiração, negacionistas, militantes de extrema-direita e outros cidadãos descontentes com as restrições -- protestavam contra o projeto de lei.
A polícia utilizou gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes que recusavam abandonar o local apesar de não usarem máscara e não respeitarem o distanciamento social.
Para entrar em vigor, a lei deve ser aprovada na quinta-feira pelo Bundesrat (Conselho Federal).
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