"Choigou sobrevoou de helicóptero as zonas onde estão posicionados tropas e veículos. Verificou o estado de preparação dos grupos marítimos e terrestres", indicou o exército russo num comunicado.
Nos exercícios participam unidades do exército, navios, aviões, unidades de defesa antiaérea e tropas aerotransportadas, adiantou.
Citado pela agência noticiosa Interfax, o Ministério da Defesa precisou que "mais de 10.000 militares" e "mais de 1.200 peças de equipamento" estão envolvidos, incluindo mais de "40 navios de guerra e 20 embarcações de apoio".
A Rússia multiplicou nos últimos dias os exercícios no mar Negro e na Crimeia, anexada em 2014.
Duas dezenas de navios participaram na terça-feira em exercícios com a aviação e a defesa antiaérea, no mesmo dia em que se realizaram "missões de treino de combate subaquático".
Na semana passada, a Rússia anunciou limitar durante seis meses a navegação de navios militares e oficiais estrangeiros em três zonas ao largo da Crimeia.
A medida foi denunciada como uma "escalada" por Washington e como "uma evolução altamente preocupante" pela União Europeia. A NATO também exigiu que Moscovo garantisse "o livre acesso" aos portos ucranianos na região.
A Rússia destacou nas últimas semanas dezenas de milhares de soldados para as fronteiras ucranianas e para a Crimeia, oficialmente para "exercícios militares" face a atividades "ameaçadoras" da NATO.
A Ucrânia, que desde 2014 combate separatistas pró-russos no leste do seu território, disse temer uma invasão.
Moscovo rejeitou as preocupações ucranianas e ocidentais, argumentando que é livre para deslocar as suas forças em território russo e alegando que as mesmas não ameaçam ninguém.
No contexto de tensão, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, assinou na quarta-feira uma lei que permite a convocação de reservistas para o serviço militar sem anunciar uma mobilização.
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