Fórum debate hoje papel da Europa na economia verde em África
O papel da Europa na transição para uma economia verde no continente africano é o tema do Fórum de Investimento Verde UE-África, que hoje junta decisores políticos, setor privado e representantes da sociedade civil europeus e africanos.
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Mundo UE/Presidência
O Fórum de Investimento Verde UE-África decorre sob o tema "O futuro verde de África, novas vias de investimento para um desenvolvimento inclusivo sustentável" e é organizado pela Presidência Portuguesa do Conselho da União Europeia e pelo Banco Europeu de Investimento.
A iniciativa contará com intervenções da presidente da Comissão Europeia, Úrsula Von der Leyen, da comissária europeia para as Parcerias Internacionais, Jutta Urpilainen, do presidente do Banco Africano de Desenvolvimento, Akinwumi Adesina, do presidente do Banco Europeu de Investimento, Werner Hoyer, do secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, do primeiro-ministro português, António Costa, do empresário e filantropo sudanês Mohamed Ibrahim ou do economista guineense Carlos Lopes.
Participam ainda nos vários painéis ao longo do dia, os ministros dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, do Ambiente, Matos Fernandes, e das Finanças, João Leão, além de vários deputados europeus e representantes de instituições financeiras europeias e africanas.
A agenda alinha igualmente intervenções de representantes de organismos públicos, empresas e organizações do Quénia, Senegal, Angola, Benim, Etiópia, Serra Leoa, Portugal ou Luxemburgo, entre outros.
De acordo com a organização, o fórum enquadra-se na preparação da próxima cimeira União Africana (UA)/União Europeia (UE) - adiada de 2020 e ainda sem data marcada - e permitirá "partilhar experiências, abordagens inovadoras e oportunidades para mobilizar capital privado e público para a transição verde em África".
Por outro lado, acrescentam os promotores numa nota, surge como uma oportunidade para "mostrar como os modelos empresariais verdes e sustentáveis são rentáveis, criam empregos e geram riqueza, ao mesmo tempo que contribuem para alcançar os objetivos climáticos mundiais".
"Iremos abordar o papel da União Europeia e dos seus estados-membros na contenção das alterações climáticas em todo o mundo, com enfoque em África", sublinha-se na nota, considerando-se essa abordagem "particularmente oportuna" no contexto da recuperação pós pandemia de covid-19.
A forma como as instituições financeiras internacionais estão a responder a estes desafios e como os modelos do setor privado estão a mudar para se tornarem mais ecológicos e mais sustentáveis serão outros temas na agenda do debate.
Antecipando a realização do fórum e em entrevista à agência Lusa, o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação (SENEC) português, Francisco André, defendeu a necessidade de modelos de negócio mais sustentáveis e sublinhou o "papel fundamental" do setor privado na transição para uma economia verde em África.
"O setor privado tem um lugar fundamental neste caminho [de transição verde]. É preciso tornar os nossos modelos de negócio mais sustentáveis e ter em conta que ter lucro, criar emprego e gerar riqueza tem de ser feito de forma sustentável e respeitando os recursos naturais do planeta", disse Francisco André.
O fórum encerra um mês de diálogo entre europeus e africanos sobre desenvolvimento sustentável e investimento verde promovido pela presidência portuguesa do Conselho da União Europeia (UE) com a realização de 23 conferências virtuais, designadas "Green Talks", que arrancaram em 24 de março a partir de Dacar, capital do Senegal.
Portugal detém a presidência da União Europeia no primeiro semestre de 2021, tendo elegido a relação com África como uma das prioridades.
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