Com bandeiras cubanas e cartazes referindo "abaixo o bloqueio", "unidos por Cuba" ou "Pátria ou morte", o slogan da revolução cubana, os habitantes de Santa Clara (centro de Cuba) manifestaram-se durante a manhã, constataram jornalistas da agência France Presse.
Um desfile semelhante decorreu em Las Tunas (leste), segundo os media estatais.
Manifestações mais modestas da comunidade cubana no estrangeiro ocorreram durante o fim de semana, nomeadamente em 20 cidades dos Estados Unidos, de acordo com a mesma fonte.
Uma outra caravana contra o embargo já tinha sido organizada a 28 de março no Malecon, a célebre avenida costeira de Havana.
"O protesto mundial contra o embargo tornou-se uma onda imparável", garantiu o presidente cubano, Miguel Diaz-Canel, na rede social Twitter.
"Em plena pandemia mundial, milhares de pessoas saem às ruas para exigir aos Estados Unidos que acabe com o embargo", adiantou.
Após uma reaproximação histórica, mas efémera (2014-2016), sob o mandato de Barack Obama, as relações entre Havana e Washington agravaram-se durante a administração de Donald Trump, que reforçou o embargo em vigor desde 1962.
O governo norte-americano critica as autoridades cubanas por violações dos direitos humanos e pelo seu apoio ao governo chavista da Venezuela.
A eleição de Joe Biden trouxe alguma esperança de uma diminuição da tensão, mas essa desvaneceu-se pois Cuba não parece ser uma das prioridades da nova administração norte-americana.
As manifestações ocorrem numa altura em que Cuba, enfrentando uma terceira vaga da pandemia da covid-19, ultrapassou no sábado a barreira dos 100.000 casos, com um total de 101.503 infeções, incluindo 591 mortes. A ilha conta com 11,2 milhões de habitantes.
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