O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, ordenou ao Ministério da Defesa o início dos preparativos para a primeira instalação deste tipo a começar a administrar vacinas, a partir de 24 de maio em Tóquio, indicou o porta-voz do Governo, Katsunobu Kato, em conferência de imprensa.
Com esta medida o Japão pretende dar um impulso ao programa de vacinação, iniciado em meados de fevereiro e a progredir lentamente, numa altura em que o país está a enfrentar uma quarta vaga da doença. Apenas 2% de 125,7 milhões de habitantes foram vacinados até agora.
O Japão vai recorrer a médicos e enfermeiros das forças de autodefesa para administrar as vacinas aos cidadãos em Tóquio e prefeituras vizinhas (Saitama, Chiba e Kanagawa) no centro a ser aberto na capital japonesa, e também planeia criar instalações semelhantes em Osaka, a segunda maior cidade do país.
O centro de vacinação de Tóquio vai estar operacional durante três meses, disse Kato, acrescentando que outros detalhes sobre o funcionamento das instalações ainda não foram finalizados.
Os meios de comunicação japoneses disseram que os centros de vacinação terão capacidade para vacinar cerca de 10 mil pessoas diariamente, e que na primeira fase vão destinar-se a pessoas com mais de 65 anos de idade.
Em 12 de abril, o Japão começou a vacinação de pessoas com mais de 65 anos, que representam 28% da população do país. Este grupo demográfico é o segundo a ser vacinado, depois dos trabalhadores de cuidados de saúde prioritários.
Depois da população mais idosa, será a vez de pessoas com doenças e do resto da população, um processo que as autoridades japonesas planeiam iniciar a partir de julho.
Até agora, o Japão apenas autorizou o uso da vacina da farmacêutica alemã BioNTech/Pfizer, e as autoridades ainda não aprovaram as vacinas da AstraZeneca e da Moderna, apesar de terem reservadas 170 milhões de doses.
Tóquio e três outras regiões do país, Kyoto, Osaca e Hyogo, estão desde segunda-feira novamente sob estado de emergência sanitária devido ao ressurgimento de casos de covid-19, que já causou mais de 10 mil mortos no arquipélago japonês desde o início da pandemia.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.109.991 mortos no mundo, resultantes de mais de 147 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
Em Portugal, morreram 16.965 pessoas dos 834.638 casos de infeção confirmados, de acordo com o boletim mais recente da Direção-Geral da Saúde.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.