A mulher que aparece, ainda em criança, no famoso meme 'Disaster Girl' ('Rapariga da catástrofe'), reclamou os direitos sobre a sua imagem e fez uma pequena fortuna: vendeu-se como um NFT (non-fungible token ou tokens não fungíveis) por mais de 450 mil dólares, noticia a imprensa norte-americana.
Zoe Roth, que agora tem 21 anos, tinha apenas 4 quando o pai captou a imagem que se tornou conhecida a nível global. Estavam ao pé de casa, na Carolina do Norte, a ver as chamas consumirem uma residência do mesmo bairro, em 2005.
Na fotografia, Zoe mantém uma hilariante expressão de quem acabou de fazer uma traquinice, dando impressão de que o incêndio é da sua lavra. Depois de divulgadas nas redes sociais, acabou por ganhar um prémio numa revista de fotografia e daí até se tornar num meme foi um pequeno passo.
A expressão de Zoe é convidativa a piadas sobre caos ou descontrolo sobre alguma situação, o que torna a imagem adaptável a qualquer tema da atualidade, justificando-se, assim, a sua durabilidade como meme.
Os NFT (non-fungible token ou tokens não fungíveis), recorde-se, são ativos digitais que devido a uma tecnologia de cadeia de blocos, denominada 'blockchain', ficam registados como únicos, irreplicáveis e cujo historial de transações pode ser seguido desde a origem da "obra".
Agora que a sua imagem está qualificada como um NFT, com direitos de autor, cada vez que for comprada, Zoe recebe 10% da venda, o que a coloca em controlo da imagem pela primeira vez em cerca de 16 anos. O leilão de 24 horas do NFT resultou num pagamento de 458 mil dólares (378 mil euros), que Zoe planeia dividir com a família, depois de doar uma parte.
Leia Também: Navio encalhou no Suez, mas navega sem bloqueio em formato 'meme'