Segundo as autoridades espanholas, a detida, que não foi identificada, é acusada de tráfico de seres humanos, crime cuja pena de prisão pode chegar a 10 anos.
As investigações apontam para que a suspeita tenha recebido, hospedado e transferido as vítimas para Doha, no Qatar, além de capturar clientes interessados nos serviços oferecidos pela organização criminosa.
A investigação começou em fevereiro do ano passado, quando o Escritório Central Nacional da Interpol informou, no âmbito de uma operação policial intercontinental, que as autoridades brasileiras iriam prender simultaneamente todos os membros de uma organização criminosa dedicada ao tráfico de seres humanos.
As investigações levaram à descoberta de que a foragida poderia estar em Barcelona, razão pela qual em 27 de abril, quando a Interpol pediu formalmente a prisão de todos os envolvidos no caso para sua posterior extradição, agentes da Polícia Nacional esperaram a suspeita nos arredores da casa dela e a prenderam.
Os crimes contra a dignidade sexual de que a brasileira presa na Espanha é acusada ocorreram entre 2017 e 2020, quando teria dirigido uma rede de prostituição de mulheres capturadas no Brasil e levadas para o Qatar, a quem controlava por meio de contactos telefónicos, 'emails' e aplicações de comunicação.
A brasileira detida também se encarregou da logística inerente à atividade, como o acolhimento e alojamento das vítimas de exploração sexual e o seu transporte para Doha, ao mesmo tempo que atraía clientes e participava na distribuição dos lucros obtidos.
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