"Vai decorrer um inquérito aprofundado (...) para procurar conhecer a verdade (...), a partir da qual será estabelecida a responsabilidade", disse o chefe de Estado na sua conferência de imprensa diária.
Previamente, a presidente da Câmara da Cidade do México, Claudia Sheinbaum, já tinha anunciado que vai solicitar uma peritagem internacional para averiguar as causas do trágico acidente.
Na conferência de imprensa diária no Palácio Nacional, Sheinbaum explicou que até ao momento o balanço aponta mortos 23 mortos e pessoas hospitalizadas. Entre os falecidos, dois perderam a vida em hospitais.
Quatro dos mortos ainda permaneciam encarcerados nas carruagens, devido às dificuldades em extrair os corpos.
Entre os hospitalizados incluem-se 19 mulheres e 60 homens. Três são menores e três idosos.
A autarca disse ainda que 490 autocarros estão a assegurar o transporte dos utentes desta linha de metro da grande metrópole, com perto de 10 milhões de habitantes.
Sheinbaum insistiu em diversas ocasiões que as peritagens vão ajudar a averiguar "o que se passou".
"A minha posição é que devemos chegar às causas deste lamentável incidente e para isso necessitamos de peritos, quer da procuradoria geral de justiça, quer de uma entidade externa e imparcial que faça a peritagem e todos os estudos".
A linha 12 do metro, onde ocorreu o acidente, está envolta em polémica desde a sua construção.
Foi finalizada em 30 de outubro de 2012, quando o atual ministro dos Negócios Estrangeiros mexicano, Marcelo Ebrard, era presidente do município da capital.
"Partilho a indignação que existe, saúdo a posição da chefe do governo [da capital], que é essencialmente esclarecer o que ocorreu", disse Ebrard em declarações aos media, defendendo que após estabelecer responsabilidades, deve atuar-se em consequência, "não importa quem seja".
No entanto, a linha foi encerrada em 2014 por falhas e reaberta entre outubro e novembro de 2015, em vários ramais.
O acidente ocorreu às 22:00 locais de segunda-feira (04:00 de hoje em Lisboa) entre as estações de Olivos e Tezonco.
Através de um vídeo das câmaras de vigilância do governo da Cidade do México, observa-se como a estrutura elevada com uma altura de 20 metros colapsou à passagem do metro, com diversas carruagens imobilizadas no solo.
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