UE precisa de "fazer mais" no domínio social, frisa Sassoli

O presidente do Parlamento Europeu, David Sassoli, defendeu hoje que a União Europeia (UE) deve "fazer mais" no domínio social, apelando a que a Cimeira Social seja "um ponto de partida" na negociação de uma "agenda social renovada".

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Lusa
07/05/2021 19:53 ‧ 07/05/2021 por Lusa

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Cimeira Social

 

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"Agora temos de fazer mais. Porque a pandemia não é a história do passado, é a história do presente, e vai ser a história do futuro durante um bom bocado. Aqui, no Porto, dizemos, todos juntos, que a nossa resposta deve focar-se nas questões sociais, empregos de qualidade, a luta contra a pobreza e a desigualdade, questões de género e a igualdade entre homens e mulheres", afirmou Sassoli.

O presidente do Parlamento Europeu falava durante a sessão de encerramento da Cimeira Social, que precedeu a assinatura da Declaração do Porto, onde destacou que, se as políticas sociais "não forem o próprio coração da recuperação", a transição 'verde' e digital "irá deixar muitos cidadãos para trás" e "gerar uma fragilidade maior".

"Se não colocarmos os jovens e as crianças no cerne [da reposta], para nos assegurarmos que garantimos a sua dignidade, os seus direitos, o seu futuro e bem-estar, então não teremos apenas dececionado a próxima geração, teremos perdido a próxima geração", sublinhou.

Nesse âmbito, Sassoli frisou que os 20 princípios do Pilar Europeu dos Direitos Sociais "devem tornar-se uma realidade" e ser "aplicados", não sendo "suficiente apenas proclamá-los", qualificando a reunião informal dos chefes de Estado e de Governo da UE, que irá decorrer no sábado no Palácio do Cristal, como "um ponto de partida" e não "um ponto de chegada".

"Hoje, as nossas instituições precisam de embarcar numa negociação muito estreita sobre uma agenda social renovada", sublinhou.

Expressando assim o desejo de que a reunião informal dos chefes de Estado e de Governo marque "o início de uma nova Europa social", Sassoli informou que, durante a ocasião, irá pedir aos líderes europeus, em nome do Parlamento Europeu, para "transformar os princípios do pilar em ações concretas".

"Precisamos de nos assegurar que estas ações têm um impacto real nas condições de vida das pessoas, nas suas condições de trabalho. (...) Estes são tempos extraordinários e temos uma oportunidade histórica nas nossas mãos para tirarmos as lições da pandemia e reconstruirmos as nossas economias e as nossas sociedades, torná-las mais sustentáveis e mais igualitárias. Não podemos voltar atrás", sublinhou.

A Cimeira Social decorre hoje no Porto com a presença de 24 dos 27 chefes de Estado e de Governo da União Europeia, reunidos para definir a agenda social da Europa para a próxima década.

Definida pela presidência portuguesa como ponto alto do semestre, esta cimeira tem no centro da agenda o plano de ação do Pilar Europeu dos Direitos Sociais, apresentado pela Comissão Europeia em março, que prevê três grandes metas para 2030: ter pelo menos 78% da população empregada, 60% dos trabalhadores a receberem formação anualmente e retirar 15 milhões de pessoas, cinco milhões das quais crianças, em risco de pobreza e exclusão social.

Leia Também: "Conseguimos hoje um marco histórico", destacou Costa na Cimeira Social

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