Sobe para 169 o número de feridos nos confrontos na mesquita de Al-Aqsa, em Jerusalém. Neste momento já há mais de 80 pessoas hospitalizadas e a polícia israelita reportou seis agentes feridos.
A maioria apresenta feridas no rosto por causa das balas de borracha e granadas de choque disparadas pela polícia israelita.
Os confrontos subiram de tom numa altura em que milhares de palestinianos se encontravam na mesquita, nesta que é a última sexta-feira do ramadão.
O último balanço dos serviços de emergência palestinianos dava conta de 53 feridos, estando 23 hospitalizados, na sequência dos confrontos entre palestinianos e a polícia israelita.
Segundo as testemunhas, foram ouvidas dezenas de tiros na Esplanada das Mesquitas, o terceiro local mais sagrado do Islão em Jerusalém Oriental, onde uma multidão de muçulmanos está reunida para a última sexta-feira do mês de jejum do Ramadão.
Os confrontos naquele local sagrado para o Islão são raros e pode observar-se fumo espesso por cima da Cidade Velha de Jerusalém.
Segundo a polícia israelita, que vigia os acessos à praça, "centenas de manifestantes atiraram pedras, garrafas e outros objetos na direção dos polícias que retaliaram".
Os confrontos aconteceram numa altura em que sobe a tensão no setor oriental de Jerusalém e na Cisjordânia, dois territórios palestinianos ocupados desde 1967 por Israel.
Há uma semana que estão a acontecer diariamente manifestações, marcadas por confrontos com a polícia israelita, no bairro de Sheikh Jarrah, em Jerusalém Leste.
A disputa em Sheikh Jarrah está relacionada com o direito à terra onde são construídas casas para colonos israelitas.
Nesse bairro vivem quatro famílias palestinianas, ameaçadas de despejo pelos israelitas.
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