"Registaram-se 90 feridos" em Jerusalém, afirmou o Crescente Vermelho palestiniano, numa atualização do balanço anterior de 50 feridos nos mais violentos confrontos ocorridos nos últimos anos em Jerusalém Oriental e que estão a suscitar receios de uma nova escalada de violência.
A maioria dos feridos, incluindo menores, foram atingidos por balas de borracha ou granadas atordoantes, de acordo com a mesma organização.
A polícia israelita também utilizou um canhão de água para dispersar os palestinianos, alguns dos quais responderam atirando vários projéteis contra a polícia durante os confrontos em várias partes de Jerusalém Oriental, acrescentou.
Entretanto, um foguete foi hoje disparado da Faixa de Gaza em direção a Israel, que tinha anunciado ter atingido posições do movimento de resistência islâmica Hamas, no poder no enclave palestiniano com dois milhões de habitantes, disseram as forças armadas israelitas.
Na sexta-feira à noite, mais de 200 pessoas ficaram feridas em confrontos na Esplanada das Mesquitas, terceiro local mais sagrado do Islão, também chamado o Monte do Templo pelos judeus, entre a polícia israelita e palestinianos.
No sábado à noite na esplanada, onde dezenas de milhares de palestinos rezaram em relativa calma, depois do 'iftar', a refeição que põe fim ao jejum observado durante o Ramadão. O responsável da mesquita Al-Aqsa, situada na esplanada, pediu calma aos fiéis para, de acordo com a agência de notícias France-Presse.
Entretanto, os quatro membros do Quarteto do Médio Oriente (ONU, UE, Estados Unidos e Rússia) manifestaram, no sábado, "profunda preocupação" perante os violentos confrontos em Jerusalém e pediu contenção às autoridades israelitas.
Também a Arábia Saudita, o Irão, a Tunísia, o Paquistão, a Turquia, a Jordânia e o Egito condenaram a atuação israelita.
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