As negociações vão continuar sobre um texto que corre o risco de ser atenuado em relação a um documento inicial proposto aos 15 membros do conselho pela Noruega, um dos 10 membros não permanentes, adiantaram.
Apresentado em conjunto com a Tunísia, que convocou a reunião de hoje do órgão executivo das Nações Unidas, e com a China, aquele projeto de declaração, obtido pela agência francesa de notícias AFP, exigia "a Israel que parasse com as atividades de colonização, demolições e expulsão" de palestinianos, "incluindo em Jerusalém Oriental".
Neste documento, o conselho expressava também "a sua preocupação face às tensões e violência crescente na Cisjordânia ocupada, incluindo Jerusalém Oriental", onde novos confrontos causaram hoje várias centenas de feridos.
Sublinhava ainda "a importância" de todas as partes "se absterem de tomar medidas unilaterais que exacerbam as tensões e minam a viabilidade da solução de dois Estados".
Pedia às partes para "mostrarem contenção e se absterem de qualquer provocação e retórica, bem como para manterem e respeitarem o 'status quo' histórico nos lugares sagrados".
Segundo um diplomata, os Estados Unidos explicaram na reunião, que decorreu à porta fechada, estar a "trabalhar nos bastidores" para acalmar a situação e "não ter a certeza de que um comunicado ajudaria nesta fase".
A AFP refere não ter conseguido obter um comentário da missão norte-americana na ONU.
Novos confrontos opuseram hoje, na Esplanada das Mesquitas, em Jerusalém Oriental, fiéis palestinianos e polícia israelita, causando mais de 300 feridos, a grande maioria palestinianos, após um fim de semana de violência na cidade.
Um dos vetores do aumento da tensão nas últimas semanas é o destino de quatro famílias palestinianas do bairro de Cheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, ameaçadas de despejo em benefício de colonos judeus.
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