Através do seu porta-voz, Guterres condenou "nos termos mais contundentes o lançamento de foguetes desde Gaza em direção a Israel" e em particular se atacaram "centros de população civil".
O chefe da ONU também demonstrou preocupação pelo possível desalojamento de famílias palestinianas na zona ocupada de Jerusalém Oriental, e exortou Israel a terminar este género de ações, enquanto solicitava às autoridades israelitas "máxima contenção" e respeito pelo direito a protestos pacíficos.
Guterres acompanha com "profunda preocupação" os acontecimentos em Jerusalém, que, para a ONU, "se arriscam a provocar uma nova e perigosa escalada que implique mais violência e perda de vidas", disse aos jornalistas o seu porta-voz, Stephane Dujarric.
Segundo indicou, o enviado das Nações Unidas para o Médio Oriente, Tor Wennesland, estava em contacto com todas as partes para "restaurar a calma".
Wennesland informou esta semana o Conselho de Segurança sobre os últimos acontecimentos durante uma sessão à porta fechada, convocada de urgência após as violências das forças de segurança israelitas durante o fim de semana em Jerusalém.
Segundo fontes diplomáticas, os membros do Conselho de Segurança estavam a discutir uma possível declaração sobre a situação, um género de texto que geralmente necessita de unanimidade para aprovação.
Hoje, as forças israelitas voltaram a invadir a Esplanada das Mesquitas após a incursão de sexta-feira, e ocorreram novos confrontos com os palestinianos que provocaram mais de 300 feridos, alguns atingidos por balas de borracha na cara ou na cabeça.
Na Porta de Damasco, dezenas de jovens palestinianos concentraram-se para impedir uma marcha ultranacionalista judaica no designado Dia de Jerusalém, prevista para hoje, e que por fim mudou de percurso para tentar apaziguar a tensão, apesar de a sucessão de acontecimentos apontar para uma escalada.
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