A jornalista independente Iliana Hernández disse à Efe que as autoridades dizem que Alcántara não está preso, mas "está isolado e não comunica com ninguém a menos que seja um familiar autorizado pela segurança do Estado".
"Ele está praticamente sequestrado, porque não tem comunicação com o exterior como qualquer outra pessoa internada num hospital", adiantou.
Outros ativistas e parentes de Otero Alcántara confirmaram que ele não tem acesso a um telefone e que apenas alguns parentes próximos podem visitá-lo no hospital Calixto García.
No local, patrulhas policiais protegem a entrada há vários dias, segundo a Efe.
A dançarina Chabelly Díaz, uma das pessoas mais próximas de Otero Alcántara, desconfia da versão oficial sobre o Estado de saúde do ativista.
"Os familiares dizem que ele está bem, mas fui ao hospital ontem e eles não me deixaram passar. Acho que estão a esconder algo muito bem", adiantou.
Outras pessoas que vieram ver o dissidente foram presas pela polícia ou multadas à porta do hospital, segundo os ativistas.
A tia do artista, Ana Rosa Alcántara, garantiu à Efe que o sobrinho está de boa saúde e que tem sido visitado por outros familiares, sem dar mais detalhes.
Desde que foi hospitalizado em 2 de maio, o líder do Movimento San Isidro (MSI), de 33 anos anos de idade, só foi visto em dois vídeos gravados no hospital e divulgados pela comunicação social estatal, nos quais está, aparentemente, em boas condições de saúde.
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