Um grupo de 18 investigadores escreveu uma carta à revista Science a realçar que a origem do novo coronavírus ainda não é clara e não coloca de parte a possibilidade de este ter sido criado num laboratório.
De acordo com a Reuters, este grupo de “reputados cientistas” deixaram claro que a fuga do vírus de um laboratório chinês “ainda não pode ser descartada”, por isso, “a origem do SARS-CoV-2 tem de ser rigorosa e baseada em factos que provem e deitem por terra todas as teorias.
“São necessárias mais investigações para determinar a origem da pandemia”, salientou o grupo, que inclui Ravindra Gupta, microbiologista clínico da Universidade de Cambridge, e Jesse Bloom, que estuda a evolução dos vírus no Centro de Pesquisa do Cancro Fred Hutchinson.
Os investigadores acusam ainda a Organização Mundial da Saúde (OMS) de não ter feito uma “consideração equilibrada” sobre a teoria de que o vírus possa ter sido posto a circular após falhas num laboratório, durante a investigação que levou a cabo recentemente.
“Nesta época de infeliz sentimento anti-asiático em alguns países, notamos que, no início da pandemia, foram médicos, cientistas, jornalistas e cidadãos chineses que compartilharam com o mundo informações cruciais sobre a disseminação do vírus, muitas vezes com grande custo pessoal”, frisou ainda o grupo.
Recorde-se que o relatório dessa investigação da OMS, que foi realizado por um grupo de cientistas chineses, concluiu que a fuga do vírus de um laboratório seria uma hipótese “extremamente improvável”.
A OMS acredita que o vírus terá entrado em circulação, muito provavelmente, depois de ter sido transmitido de morcegos para humanos, através de outro animal.
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