Em França, cerca de 22 mil pessoas manifestaram-se em 60 concentrações, incluindo cerca de 3 mil em Paris, onde as manifestações tinham sido proibidas pelas autoridades, apontando o precedente de 2014, quando uma marcha pró-palestiniana degenerou em violência.
A polícia na capital francesa determinou a "dispersão sistemática e imediata" assim que os manifestantes, ao som de palavras de ordem como "A Palestina viverá. A Palestina vencerá", tentaram concentrar-se, utilizando canhões de água e gás lacrimogéneo.
Em Londres, milhares de pessoas manifestaram-se no centro da cidade, apelando ao governo britânico para intervir para parar a operação militar israelita em Gaza.
Os manifestantes reuniram-se no Marble Arch, de onde marcharam em direção à embaixada israelita, agitando bandeiras e cartazes e apelando para a "libertação" dos territórios palestinianos.
"O governo britânico é cúmplice nestes atos, desde que ofereça apoio militar, diplomático e financeiro a Israel", disseram os organizadores.
Segundo a organização, que incluía a coligação Stop the War e a Associação Muçulmana do Reino Unido, a manifestação reuniu 150.000 pessoas, número não confirmado pela polícia.
Em Roma, algumas centenas de pessoas reuniram-se perto da basílica de Santa Maria Maggiore, carregando bandeiras palestinianas e entoando "slogans". "Não é preciso ser muçulmano para apoiar a Palestina, só é preciso ser humano", proclamava um cartaz.
Na Alemanha, milhares de pessoas manifestaram-se em Berlim e em várias outras cidades, respondendo ao apelo de grupos pró-palestinianos.
Sob o lema "Marcha do Povo Palestiniano pela Libertação e Regresso", milhares de pessoas reuniram-se na Hermannplatz agitando bandeiras turcas e palestinianas e empunhando cartazes a apelar para um "boicote a Israel".
Os manifestantes gritaram "Free Gaza", "Palestinians lives matter" e "Save Sheikh Jarrah", um bairro em Jerusalém Oriental onde famílias palestinianas são ameaçadas de despejo por colonos israelitas.
Em Madrid, cerca de 2.500 pessoas marcharam numa atmosfera calma, com faixas e cartazes onde se lia: "O silêncio de uns é o sofrimento de outros" e "Jerusalém é a capital eterna da Palestina".
"Isto não é uma guerra, é um genocídio!" cantaram enquanto marchavam da estação de Atocha para a Plaza del Sol.
Em Varsóvia, cerca de trezentas pessoas, principalmente palestinianos residentes na Polónia, manifestaram-se em frente à embaixada israelita.
Bandeiras palestinianas na mão, mostravam cartazes com a inscrição "Parem o holocausto dos palestinianos" e "Jerusalém, a capital da Palestina", e gritavam "slogans" a favor de uma "Palestina livre".
Na Tunísia, tiveram lugar manifestações em várias cidades. Centenas de manifestantes com bandeiras palestinianas reuniram-se no centro de Tunes, antes de marcharem por uma avenida vigiados pela polícia.
"Quando se trata dos massacres contra os palestinianos, as potências internacionais permanecem em silêncio e sem reação face aos crimes sionistas", denunciou Dalila Borji, uma estudante de 23 anos citada por agências internacionais.
Vários milhares de pessoas manifestaram-se em Montreal, no Canadá, para expressar solidariedade com os palestinianos, exigir "a libertação da Palestina" e denunciar os "crimes de guerra" cometidos por Israel em Gaza.
"Jerusalém pertence aos palestinianos" proclamava uma faixa num comício numa praça do centro da cidade enquanto manifestantes cantavam "Palestina Livre" ou "Israel Terrorista".
Realizou-se também uma manifestação na capital federal Otava, com manifestantes apelando à intervenção internacional em nome dos palestinianos, e outra foi planeada para hoje à noite em Toronto.
No Líbano, pelo menos dois manifestantes ficaram feridos por disparos israelitas quando tentavam saltar a vala que separa o Líbano de Israel, numa zona onde dezenas de pessoas se concentraram para demonstrar apoio à Palestina.
Em Marrocos, pelo menos 15 organizações de defesa dos direitos humanos convocaram para domingo protestos em mais de trinta cidades para mostrar solidariedade com o povo palestiniano e denunciar os bombardeamentos de Israel à Faixa de Gaza.
Estão previstas manifestações para as principais cidades como Rabat, Casablanca, Marraquexe, Tanger, Al Yadida, Mohamedia, Safi, Jenifra, Azilal, entre outras.
Os palestinianos comemoram a cada 15 de maio, a "catástrofe" que a criação de Israel em 1948 representou, sinónimo do êxodo de centenas de milhares deles.
O aniversário deste ano vem no meio de um pico de violência entre Israel e militantes do Hamas e outros grupos armados em Gaza.
Desde que a operação israelita começou na segunda-feira, a maior desde a guerra de 2014 com o Hamas, mais de 150 pessoas, na sua maioria palestinianos, foram mortas.
Leia Também: Egito abre fronteira com Gaza para socorrer palestinianos feridos