O ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Mevlüt Çavusoglu, e o seu homólogo da Palestina, Riyad al Malki, expressaram esta posição durante uma reunião ministerial extraordinária da Organização de Cooperação Islâmica (OIC), convocada pela Arábia Saudita para abordar a escalada da guerra entre palestinianos e israelitas, que causou 181 mortos nos últimos sete dias.
"Vimos como os esforços de normalização encorajaram Israel", disse o chefe da diplomacia turca durante o seu discurso na abertura da reunião da OIC, uma organização que reúne 57 países muçulmanos em todo o mundo.
Çavusoglu referiu-se aos acordos mediados pela administração do ex-Presidente norte-americano Donald Trump para a normalização das relações entre Israel e países árabes, como Marrocos, Sudão, Emiratos Árabes Unidos (EAU) e Bahrein.
"Temos de ser claros na nossa posição e estar do lado certo da história. Temos de estar do lado da justiça e da humanidade e não deve haver outras considerações. É tempo de mostrar a nossa unidade e determinação", salientou o ministro turco dos Negócios Estrangeiros.
Por seu lado, Al Maliki considerou que "a normalização com este regime racista e colonial israelita, antes de estabelecer a paz e pôr fim à ocupação, é um apoio ao sistema de apartheid de Israel e à participação nos seus crimes" contra os palestinianos.
A reunião contou com a presença de vários ministros dos Negócios Estrangeiros dos 57 membros da OIC, incluindo os do Sudão e do Bahrein, e todos concordaram em exigir uma "cessação imediata da agressão israelita", e uma maior pressão do Conselho de Segurança da ONU para proteger os palestinianos nos territórios ocupados, especialmente em Jerusalém Oriental.
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