Diplomacia turca e palestiniana acham que acordos encorajaram violência

Os ministros dos Negócios Estrangeiros turco e palestiniano afirmaram hoje que o estabelecimento de laços entre os países árabes e Israel, em 2020, encorajou o governo israelita a "intensificar as suas agressões contra os palestinianos".

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Lusa
16/05/2021 14:42 ‧ 16/05/2021 por Lusa

Mundo

Israel/Palestina

 

O ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Mevlüt Çavusoglu, e o seu homólogo da Palestina, Riyad al Malki, expressaram esta posição durante uma reunião ministerial extraordinária da Organização de Cooperação Islâmica (OIC), convocada pela Arábia Saudita para abordar a escalada da guerra entre palestinianos e israelitas, que causou 181 mortos nos últimos sete dias.

"Vimos como os esforços de normalização encorajaram Israel", disse o chefe da diplomacia turca durante o seu discurso na abertura da reunião da OIC, uma organização que reúne 57 países muçulmanos em todo o mundo.

Çavusoglu referiu-se aos acordos mediados pela administração do ex-Presidente norte-americano Donald Trump para a normalização das relações entre Israel e países árabes, como Marrocos, Sudão, Emiratos Árabes Unidos (EAU) e Bahrein.

"Temos de ser claros na nossa posição e estar do lado certo da história. Temos de estar do lado da justiça e da humanidade e não deve haver outras considerações. É tempo de mostrar a nossa unidade e determinação", salientou o ministro turco dos Negócios Estrangeiros.

Por seu lado, Al Maliki considerou que "a normalização com este regime racista e colonial israelita, antes de estabelecer a paz e pôr fim à ocupação, é um apoio ao sistema de apartheid de Israel e à participação nos seus crimes" contra os palestinianos.

A reunião contou com a presença de vários ministros dos Negócios Estrangeiros dos 57 membros da OIC, incluindo os do Sudão e do Bahrein, e todos concordaram em exigir uma "cessação imediata da agressão israelita", e uma maior pressão do Conselho de Segurança da ONU para proteger os palestinianos nos territórios ocupados, especialmente em Jerusalém Oriental.

Leia Também: Ataques aéreos de Israel aumentam para 181 o número de mortos em Gaza

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