Durante a madrugada 54 caças da aviação de Israel atacaram nove residências de comandantes do movimento islâmico Hamas e 15 quilómetros de túneis conhecidos como "Metro" onde supostamente se escondem os altos cargos das milícias, principais objetivos das ofensivas militares israelitas.
A guerra está a atingir fortemente a população civil da Faixa de Gaza, território onde até ao momento perderam a vida 197 palestinianos, incluindo 58 menores e 34 mulheres.
De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza ficaram feridas até ao momento 1.235 pessoas.
Israel estima que matou 75 elementos do Hamas e "dezenas" de membros da Jihad Islâmica desde a semana passada.
No domingo, em Israel não se registaram vítimas, sendo que até ao momento morreram 10 pessoas, oito das quais menores, e 300 israelitas ficaram feridos na sequência dos lançamentos de roquetes.
No domingo, sétimo dia da mais grave escalada bélica desde 2014, registou-se intensa troca de fogo entre as milícias e o Exército de Israel.
Por outro lado, não transparecem detalhes oficiais sobre uma eventual trégua que os Estados Unidos procuram impulsionar.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, disse que a prioridade é parar a violência o mais rápido possível.
Hady Amr, enviado do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, deve encontrar-se com o presidente palestiniano Mahmud Abbas que apenas governa "de facto" em algumas partes da Cisjordânia ocupada.
Os Estados Unidos não têm contactos diretos com o movimento islâmico Hamas que governa Gaza por considerar que se trata de uma organização terrorista.
O primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu disse no domingo que os ataques de represália vão continuar, contra o Hamas e a Jihad Islâmica que lançaram mais de 3.150 foguetes contra território israelita desde a passada segunda-feira.
De acordo com as forças de Defesa de Israel, 460 roquetes falharam ou caíram dentro do enclave palestinianos e a maioria que entrou em território israelita acabou por ser intercetada pelo sistema antimíssil "Cúpula de Ferro" com uma "eficácia de 90%".
Netanyahu afirmou que o Hamas tem de pagar um "preço muito alto pela intolerável agressão" ameaçando que a atual campanha militar "ainda vai demorar".
Durante os últimos oito dias, em Gaza, os bombardeamentos israelitas "destruíram 76 edifícios" e 725 residências "sofreram graves danos" além de estragos "menores" em 4.134 casas, de acordo com os dados do Gabinete de Coordenação de Assuntos Humanitários da ONU (OCHA).
Escolas, estradas e outras infraestruturas também ficaram danificadas.
De acordo com a agência das Nações Unidas para os refugiados palestinianos, mais de 38 mil pessoas procuram refúgios nas escolas após terem fugido das casas onde residem por temerem os ataques aéreos.
O Egito abriu neste fim de semana a passagem de Rafah que liga Gaza ao Sinai egípcio para a saída de palestinianos feridos e alguns países europeus tentam retirar civis com dupla nacionalidade que vivem no enclave.
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