Max Blain, porta-voz do primeiro-ministro Boris Johnson, disse que o Reino Unido está em contacto com os seus "parceiros dos Estados Unidos e da ONU e procura obter urgentemente mais informações do Governo israelita" sobre o ataque de sábado, que destruiu um edifício que albergava os escritórios da agência noticiosa Associated Press (AP), da cadeia televisiva Al-Jazeera e outros media.
"Estamos profundamente preocupados com os relatórios da ONU que indicam a destruição ou graves danos em 23 escolas e 500 casas, e ainda em instalações médicas e escritórios dos media", indicou Blain.
O mesmo responsável acrescentou que "Israel deve efetuar um esforço para evitar baixas civis e a atividade militar deve ser proporcionada".
Blain também referiu que Londres está preocupado pela utilização de áreas civis como cobertura por parte do Hamas.
Israel disse que o prédio onde de situavam os escritórios de diversos media também era utilizado pelo Hamas, apesar de não fornecer provas concretas.
A escalada de violência começou na parte oriental de Jerusalém no mês passado, quando manifestantes palestinianos se envolveram em confrontos com a polícia por causa de táticas policiais empregues durante o mês do Ramadão.
O centro dos confrontos foi a mesquita de Al-Aqsa, um ponto sensível localizado num local de Jerusalém que é sagrado para muçulmanos e judeus.
Na segunda-feira, o Hamas disparou 'rockets' sobre território israelita, desencadeando a resposta militar sobre o território onde vivem mais de dois milhões de palestinianos, alvo de um bloqueio desde que o movimento islamita conquistou o poder.
Pelo menos 200 palestinianos foram mortos nas centenas de ataques aéreos em Gaza, incluindo 59 crianças, e 1.305 pessoas ficaram feridas.
Em Israel contabilizam-se dez vítimas mortais dos ataques provenientes do enclave palestiniano.
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