Médio Oriente: Reino Unido pede a Israel atuação militar "proporcionada"

O Governo de Londres disse hoje que Israel deve assegurar que as suas atividades militares contra o Hamas são "proporcionadas" e manifestou preocupação pela destruição dos escritórios de diversos media e outros alvos civis em Gaza.

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© Toby Melville/Reuters

Lusa
17/05/2021 14:27 ‧ 17/05/2021 por Lusa

Mundo

Max Blain

Max Blain, porta-voz do primeiro-ministro Boris Johnson, disse que o Reino Unido está em contacto com os seus "parceiros dos Estados Unidos e da ONU e procura obter urgentemente mais informações do Governo israelita" sobre o ataque de sábado, que destruiu um edifício que albergava os escritórios da agência noticiosa Associated Press (AP), da cadeia televisiva Al-Jazeera e outros media.

"Estamos profundamente preocupados com os relatórios da ONU que indicam a destruição ou graves danos em 23 escolas e 500 casas, e ainda em instalações médicas e escritórios dos media", indicou Blain.

O mesmo responsável acrescentou que "Israel deve efetuar um esforço para evitar baixas civis e a atividade militar deve ser proporcionada".

Blain também referiu que Londres está preocupado pela utilização de áreas civis como cobertura por parte do Hamas.

Israel disse que o prédio onde de situavam os escritórios de diversos media também era utilizado pelo Hamas, apesar de não fornecer provas concretas.

A escalada de violência começou na parte oriental de Jerusalém no mês passado, quando manifestantes palestinianos se envolveram em confrontos com a polícia por causa de táticas policiais empregues durante o mês do Ramadão.

O centro dos confrontos foi a mesquita de Al-Aqsa, um ponto sensível localizado num local de Jerusalém que é sagrado para muçulmanos e judeus.

Na segunda-feira, o Hamas disparou 'rockets' sobre território israelita, desencadeando a resposta militar sobre o território onde vivem mais de dois milhões de palestinianos, alvo de um bloqueio desde que o movimento islamita conquistou o poder.

Pelo menos 200 palestinianos foram mortos nas centenas de ataques aéreos em Gaza, incluindo 59 crianças, e 1.305 pessoas ficaram feridas.

Em Israel contabilizam-se dez vítimas mortais dos ataques provenientes do enclave palestiniano.

Leia Também: Rui Rio condena ataques em Gaza e apela ao cessar-fogo

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