Todos estes nomes são "membros-chave do regime militar de Myanmar (antiga Birmânia), que reprime violentamente o movimento pró-democracia no país e é responsável pelos ataques violentos e assassinos perpetrados contra o povo birmanês, incluindo o assassínio de crianças", disse o Departamento de Tesouro dos EUA.
Com esta decisão, o Departamento de Tesouro congela todos os "bens e juros sobre os bens" das pessoas listadas e que se encontram depositados nos Estados Unidos ou que estão na posse ou sob o controlo das autoridades norte-americanas.
"O exército birmanês continua a cometer violações dos direitos humanos e a oprimir o povo birmanês, explicou o Governo do Presidente Joe Biden, salientando que essas sanções não visavam a população de Myanmar.
"A ação de hoje demonstra o compromisso dos Estados Unidos em trabalhar com os nossos parceiros internacionais, para pressionar os militares birmaneses e promover a responsabilização dos responsáveis pelo golpe e pela violência em curso", disse Andrea Gacki, diretora do Departamento de Controlo de Ativos Estrangeiros.
O Departamento de Tesouro dos EUA já tinha adotado outras sanções em abril, em particular contra empresas públicas, incluindo uma empresa estatal produtora de pedras preciosas em Myanmar, e em março o Governo norte-americano já tinha suspendido um acordo comercial.
O exército birmanês derrubou a chefe de governo civil, Aung San Suu Kyi, em 01 de fevereiro, alegando fraude eleitoral e colocando um fim a um regime democrático que vigorava há 10 anos.
Desde então, e apesar dos protestos da comunidade internacional, o poder militar tem suprimido de forma sangrenta as manifestações quase diárias, lideradas por jovens ativistas pró-democracia.
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