Cerca de 60 crianças mortas numa guerra onde são elas quem "paga o preço"

O combate entre o Hamas e as forças israelitas começaram no dia 10 de maio e o impacto dos bombardeamentos de lado a lado tem um resultado desigual, não só para os palestinianos, como também para as crianças. Atenção: algumas imagens na galeria incluem cadáveres de menores e poderão ferir a suscetibilidade de alguns leitores.

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© Majdi Fathi/NurPhoto via Getty Images

Anabela Sousa Dantas
18/05/2021 23:59 ‧ 18/05/2021 por Anabela Sousa Dantas

Mundo

Israel/Palestina

Na galeria acima, depois das imagens de um bebé palestiniano que recupera no hospital Al-Shifa, na Faixa de Gaza, junto a outras crianças, também afetadas pela destruição causada pelos bombardeamentos, podemos ver o resgate de uma menina de seis anos, retirada com vida dos destroços de um prédio, depois dos ataques aéreos israelitas de domingo.

Os fotojornalistas captaram o momento em que populares e socorristas retiraram Suzy Eshkuntana do que restava de sua casa, onde morreu a sua mãe e todos os seus quatro irmãos, depois de várias horas encurralada nos escombros.

Suzy sobreviveu, mas a sua família não. A história da menina retrata de forma pungente o impacto que a guerra entre o movimento radical Hamas e Israel tem nas crianças, para sempre sobreviventes de guerra.

Ted Chaiban, diretor regional da UNICEF para o Médio Oriente e o Norte de África, indicou na semana passada que "a escalada de violência é massiva" e que "as crianças estão a pagar o preço desta escalada". "Todos os lados precisam de recuar e acabar com a violência. Todos os lados têm uma obrigação de proteger os civis - especialmente as crianças - e facilitar o acesso humanitário", apelou.

O enviado da ONU para o Médio Oriente, Tor Wennesland, fez a mesma asserção, no passado dia 15 de maio, quando o número de vítimas era menor. "As crianças continuam a ser as vítimas desta escalada mortal. Reitero que as crianças não podem ser um alvo de violência e colocadas em perigo. As hostilidades têm que parar já!"

Recorde-se que a Faixa de Gaza é um enclave palestiniano - controlado pelo Hamas - sob bloqueio israelita há mais de uma década e onde vivem cerca de dois milhões de pessoas. A nova escalada de violência provocou, na Faixa de Gaza, segundo as últimas atualizações, a morte a cerca de 200 palestinianos, incluindo 59 menores e 39 mulheres, bem como mais de 1.300 feridos. Do lado israelita foram contabilizadas, até ao momento, 10 mortes, entre elas a de dois menores.

Leia Também: França propôs uma resolução sobre o conflito israelo-palestiniano

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