"Consideramos que o que Israel está a fazer [na Faixa de Gaza] está abrangido pelo direito à autodefesa", disse Maas numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo israelita, Gabi Ashkenazi.
Para o ministro alemão, o direito à autodefesa "implica não permitir às instalações de onde provêm os ataques contra alvos israelitas continuar a funcionar".
"Deixem-me voltar a dizer isto muito claramente. Para nós, a segurança de Israel, e com ela a segurança de todos os judeus na Alemanha, não é negociável e Israel poderá sempre contar com isso", acrescentou.
No entanto, Maas reconheceu que "o número de vítimas aumenta diariamente, o que inquieta muito", pelo que a Alemanha "apoia os esforços internacionais que visam instaurar um cessar-fogo" e está convencida de que, "no interesse da população, a violência deve parar rapidamente".
Antes de viajar para o Médio Oriente, Maas disse que na sua visita ao Médio Oriente tentará contribuir para o cessar-fogo entre Israel e os grupos armados palestinianos de Gaza e para uma solução negociada do conflito.
O objetivo da visita, escreveu o ministro num comunicado, é ver como é que "a comunidade internacional pode ajudar a pôr fim à violência e que haja uma trégua fiável o mais depressa possível".
A longo prazo, o objetivo é procurar uma "via para voltar a um processo de paz" entre Israel e a Palestina, embora atualmente pareça "a quilómetros de distância", acrescentou o chefe da diplomacia alemã.
"Israelitas e palestinianos precisam novamente de uma perspetiva de um futuro pacífico. Se não, a próxima escalada será apenas uma questão de tempo", disse Maas.
Segundo o ministro, a Alemanha está "incondicionalmente" do lado de Israel, embora o seu "apoio humanitário" aos palestinianos em tempos difíceis tenha sido sempre assegurado.
O chefe da diplomacia irá reunir-se ainda com o ministro da Defesa, Beny Gantz, o Presidente israelita, Reuven Rivlin, e o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, em Ramallah, na Cisjordânia ocupada.
No entanto, não terá qualquer encontro direto com o Hamas, organização considerada "terrorista" pela União Europeia.
A atual escalada de violência na zona provocou a morte a 227 palestinianos em Gaza, entre os quais 64 menores, e 1.620 feridos.
Em Israel morreram 12 pessoas, entre as quais dois menores, e registam-se 340 feridos.
Os combates começaram em 10 de maio, após semanas de tensões entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islão junto ao local mais sagrado do judaísmo.
Ao lançamento maciço de 'rockets' por grupos armados em Gaza em direção a Israel opõe-se o bombardeamento sistemático por forças israelitas contra a Faixa de Gaza.
O conflito israelo-palestiniano remonta à fundação do Estado de Israel, cuja independência foi proclamada em 14 de maio de 1948.
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