Médio Oriente: MNE alemão apela a cessar-fogo em visita à região

O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, exprimiu hoje em Telavive a solidariedade da Alemanha com Israel e apelou a um cessar-fogo entre o Estado hebreu e o Hamas, movimento palestiniano no poder em Gaza.

Notícia

© Lusa

Lusa
20/05/2021 10:20 ‧ 20/05/2021 por Lusa

Mundo

Médio Oriente:

 

"dummyPub">

"Consideramos que o que Israel está a fazer [na Faixa de Gaza] está abrangido pelo direito à autodefesa", disse Maas numa conferência de imprensa conjunta com o seu homólogo israelita, Gabi Ashkenazi.

Para o ministro alemão, o direito à autodefesa "implica não permitir às instalações de onde provêm os ataques contra alvos israelitas continuar a funcionar".

"Deixem-me voltar a dizer isto muito claramente. Para nós, a segurança de Israel, e com ela a segurança de todos os judeus na Alemanha, não é negociável e Israel poderá sempre contar com isso", acrescentou.

No entanto, Maas reconheceu que "o número de vítimas aumenta diariamente, o que inquieta muito", pelo que a Alemanha "apoia os esforços internacionais que visam instaurar um cessar-fogo" e está convencida de que, "no interesse da população, a violência deve parar rapidamente".

Antes de viajar para o Médio Oriente, Maas disse que na sua visita ao Médio Oriente tentará contribuir para o cessar-fogo entre Israel e os grupos armados palestinianos de Gaza e para uma solução negociada do conflito.

O objetivo da visita, escreveu o ministro num comunicado, é ver como é que "a comunidade internacional pode ajudar a pôr fim à violência e que haja uma trégua fiável o mais depressa possível".

A longo prazo, o objetivo é procurar uma "via para voltar a um processo de paz" entre Israel e a Palestina, embora atualmente pareça "a quilómetros de distância", acrescentou o chefe da diplomacia alemã.

"Israelitas e palestinianos precisam novamente de uma perspetiva de um futuro pacífico. Se não, a próxima escalada será apenas uma questão de tempo", disse Maas.

Segundo o ministro, a Alemanha está "incondicionalmente" do lado de Israel, embora o seu "apoio humanitário" aos palestinianos em tempos difíceis tenha sido sempre assegurado.

O chefe da diplomacia irá reunir-se ainda com o ministro da Defesa, Beny Gantz, o Presidente israelita, Reuven Rivlin, e o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, em Ramallah, na Cisjordânia ocupada.

No entanto, não terá qualquer encontro direto com o Hamas, organização considerada "terrorista" pela União Europeia.

A atual escalada de violência na zona provocou a morte a 227 palestinianos em Gaza, entre os quais 64 menores, e 1.620 feridos.

Em Israel morreram 12 pessoas, entre as quais dois menores, e registam-se 340 feridos. 

Os combates começaram em 10 de maio, após semanas de tensões entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islão junto ao local mais sagrado do judaísmo.

Ao lançamento maciço de 'rockets' por grupos armados em Gaza em direção a Israel opõe-se o bombardeamento sistemático por forças israelitas contra a Faixa de Gaza.

O conflito israelo-palestiniano remonta à fundação do Estado de Israel, cuja independência foi proclamada em 14 de maio de 1948.

Leia Também: Conflito em Gaza matou um dos responsáveis pela task force da vacinação

Partilhe a notícia

Produto do ano 2024

Descarregue a nossa App gratuita

Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas