Numa tentativa de combater aquilo que considera uma escassez de diversidade dos media em Chicago, a mayor da cidade decidiu tomar uma atitude inédita, declarando que só concedia entrevistas a jornalistas de minorias étnicas.
"É uma vergonha que, em 2021, a equipa de jornalistas do City Hall seja essencialmente branca, numa cidade onde mais de metade dos habitantes são negros, latinos, asiáticos ou nativo-americanos", afirmou Lori Lightfoot.
Assim, para assinalar o seu segundo ano como presidente da terceira mais populosa cidade dos EUA, a autarca decidiu conceder uma ronda de entrevistas presenciais com os meios de comunicação locais, durante um dia. Contudo, só as concederá a jornalistas pertencentes a minorias.
To all those who are here to discuss diversity in local media - welcome! The Mayor is highlighting the lack of diversity in the press and chosen—for a single day—to prioritize 1-on-1 invus with media who are people of color.
— Lori Lightfoot (@LoriLightfoot) May 20, 2021
More here: https://t.co/dUAv5qbLBQ
-Team Lightfoot
"Como mulher de cor, como lésbica, é importante para mim que a diversidade esteja no centro do debate", defende.
A medida, apesar de inédita e de merecer até alguns elogios no sentido de estar a chamar a atenção para um problema, está também a ser criticada, uma vez que muitos a consideram uma forma de racismo... invertido.
Vários jornalistas, pertencentes a minorias étnicas, dizem que o racismo é um problema que deve ser tornado público e ser alvo de medidas governamentais, mas também negam-se a ser privilegiados apenas por pertencerem a uma minoria. Defendem, aliás, que querem ser reconhecidos pelo seu trabalho e não pela sua raça.
Leia Também: China "preparada" para receber representante da ONU em Xinjiang