Moon Jae-in falava à comunicação social antes de uma reunião na Casa Branca, em Washington, com a vice-Presidente norte-americana, Kamala Harris, e algumas horas antes do encontro com Biden, no qual é expectável que a questão norte-coreana concentre as atenções dos dois governantes.
"Os meus parabéns à administração de Biden e de Harris por ter desenvolvido o processo de disponibilização de vacinas [contra a doença covid-19] com o maior sucesso no mundo, pela rápida recuperação económica e por ter aberto um caminho para a inclusão e a união, restaurando a alma dos Estados Unidos", declarou o representante sul-coreano.
Moon Jae-in considerou que a alma dos Estados Unidos também está presente na história da aliança com a Coreia do Sul, que há 70 anos foi forjada com "sangue" na Guerra da Coreia (1950-1953), conflito no qual Washington e Seul lutaram pela "democracia" e pela "liberdade" contra a Coreia do Norte, que contava com o apoio da China e da antiga União Soviética.
O Presidente da Coreia do Sul deslocou-se a Washington com o objetivo de obter a colaboração de Biden para promover a paz na península coreana.
O líder sul-coreano, que deixará o cargo daqui a menos de um ano (na Coreia do Sul só é permitido um mandato presidencial), concentrou a sua gestão política na melhoria das relações com o regime de Pyongyang e na construção de um caminho de paz entre os dois países vizinhos.
Moon Jae-in reiterou recentemente este compromisso político, cuja concretização terá de passar pelo apoio do Presidente Joe Biden.
O principal ponto de discórdia entre Moon e Biden são as denúncias frequentes por parte de Washington sobre os abusos dos direitos humanos do regime norte-coreano.
Seul defende que tal dossiê deve ser colocado à margem até que o diálogo entre os dois países seja restabelecido e a paz seja firmada.
Moon Jae-in é o segundo líder internacional que visita a Casa Branca (sede da Presidência norte-americana) desde a tomada de posse de Joe Biden, no passado dia 20 de janeiro.
O primeiro-ministro do Japão, Yoshihide Suga, foi o primeiro dignitário a ser recebido por Biden, em 16 de abril.
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