O ministro Nicos Nouris indicou que a ilha mediterrânica se confrontou durante esta semana com uma "vaga diária de chegadas de migrantes" provenientes do porto sírio de Tartus. As costas sírias encontram-se a 160 quilómetros de Chipre.
"Devido a esta situação e à sobrelotação nos campos de retenção, fui forçado e enviar uma notificação escrita à Comissão Europeia", referiu Nouris, sublinhando ter prevenido que Chipre "entrava em estado de emergência a nível migratório e não possui capacidade de acolher migrantes suplementares".
O mesmo responsável revelou que desde janeiro foram recusados 4.000 pedidos de asilo.
Nesse sentido, pediu ajuda à União Europeia para repatriar essas pessoas em direção a países com quem Chipre não dispõe de acordo bilateral, como o caso da Turquia que não reconhece a República de Chipre.
Na quarta-feira as autoridades cipriotas intercetaram uma embarcação proveniente da Síria com 97 pessoas a bordo.
Hoje, 14 sírios, incluindo três crianças, entraram no país provenientes da autoproclamada República Turca de Chipre do Norte (RTCN), que ocupa cerca de 38% do território da ilha dividida.
O Governo cipriota afirma que o número de requerentes de asilo atingiu nos últimos quatro anos 4% da população cipriota, contra 1% para os restantes Estados europeus.
Segundo o Alto Comissariado da ONU para os Refugiados, mais de 12.000 sírios procuraram refúgio em Chipre desde 2011, o início do sangrento conflito no seu país, dos quais 8.500 obtiveram proteção internacional.
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