O Governo norte-americano está também a lançar um novo projeto na agência espacial, NASA, para tentar entender e rastrear de forma eficaz os impactos das mudanças climáticas.
Biden anunciou hoje que vai gastar mil milhões de dólares (cerca de 800 milhões de euros) em planos de emergência para desastres naturais, duplicando o investimento nesta área, precavendo-se para situações com elevadas faturas.
Só no ano passado, os Estados Unidos registaram 22 desastres climáticos, que provocaram prejuízos superiores a mil milhões de dólares cada um -- o mesmo investimento que agora é feito neste plano.
Em 2020, os desastres naturais - incluindo incêndios florestais, furacões e tempestades de neve -- tiveram um preço acumulado de quase 100 mil milhões de dólares (cerca de 80 mil milhões de euros).
Já este ano, os EUA sofreram com tempestades de inverno significativas, que causaram um apagão energéticos no Texas e em outros estados e os meteorologistas preveem que a temporada de furacões no Atlântico será mais agitada do que o normal, embora seja improvável que acabe sendo tão severa quanto a de 2020 - o ano recorde de desastres naturais.
A Agência Nacional Oceânica e Atmosférica anunciou na semana passada que a temporada de furacões - que vai de junho a novembro - provavelmente registará 13 a 20 tempestades, incluindo pelo menos seis que se tornarão furacões e três a cinco que serão categorizadas como grandes furacões, com ventos de mais de 175 quilómetros por hora.
Biden fará o anúncio deste programa de financiamento durante uma visita à sede da Agência Federal de Gestão de Emergências, ainda hoje, onde ouvirá especialistas sobre as perspetivas deste ano para a temporada de furacões no Atlântico.
Com as mudanças climáticas a ameaçar provocar situações mais extremas - como o aumento de inundações, aumento do nível do mar e intensificação de secas e incêndios florestais -- o Governo de Joe Biden disse que é responsabilidade do Governo preparar melhor e apoiar as comunidades antes de os desastres ocorrerem.
As autoridades norte-americanas prometem aumentar o investimento em investigação climática, para melhorar a compreensão dos eventos extremos e aprimorar a tomada de decisões sobre a resiliência, adaptação e mitigação do clima.
As medidas hoje anunciadas fazem parte da promessa de Biden de colocar o combate às mudanças climáticas como prioridade política, tendo estabelecido a meta de reduzir as emissões de gás de efeito de estufa nos EUA em até 52%, sobre os níveis de 2005, até 2030.
Na semana passada, Biden instruiu as agências federais para que desenvolvam uma estratégia abrangente para identificar e gerir os riscos financeiros para o Governo e para o setor privado decorrentes das mudanças climáticas.
"O clima extremo relacionado com as mudanças climáticas pode interromper cadeias de abastecimento inteiras e privar as comunidades de alimentos, água ou suprimentos de emergência", disse a Casa Branca num comunicado hoje divulgado, para justificar o investimento neste setor.
Hoje, as autoridades da Índia e do Bangladesh anunciaram que estão em estado de alerta pela chegada à costa leste do ciclone Yaas, prevista para quarta-feira, e disseram que estão a preparar um plano de evacuação.
A chegada do Yaas acontece pouco mais de uma semana depois de o ciclone Tauktae ter matado pelo menos 145 pessoas no oeste da Índia, em grande parte devido ao naufrágio de dois barcos.
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