A posição dos 27 consta de conclusões adotadas na segunda-feira pelos chefes de Estado e de Governo da UE, reunidos em Bruxelas, na sequência de um "debate estratégico" sobre as relações com a Rússia, já previsto para o anterior Conselho Europeu de março, mas adiado por a cimeira afinal ter sido celebrada em formato virtual, o que suscitava receios de segurança dada a vulnerabilidade das videoconferências.
Nas curtas conclusões adotadas, e que não apresentam surpresas face ao previsto, os líderes europeus reafirmam "a unidade e solidariedade da UE face a tais atos", alargando o seu apoio aos "parceiros de Leste" também alvo das interferências russas.
Um ponto das conclusões é expressamente dedicado à "solidariedade com a República Checa" e "apoio à sua resposta", no recente diferendo diplomático que opôs Praga a Moscovo, na sequência da expulsão de diplomatas russos acusados pelas autoridades checas de serem espiões militares.
Tal como previsto, os líderes dos 27 convidam o Alto Representante da UE para a Política Externa, Josep Borrell, e a Comissão Europeia a elaborarem "um relatório com opções políticas para as relações UE-Rússia", a ser apreciado na próxima cimeira, que decorrerá já no próximo mês de junho.
A terminar, o Conselho Europeu aponta que "a UE vai prosseguir a coordenação com parceiros que pensam da mesma forma".
Os chefes de Estado e de Governo da União Europeia iniciaram ao início da noite de segunda-feira, em Bruxelas, um Conselho Europeu cuja agenda da primeira sessão de trabalhos, ainda em curso ao início da madrugada, era totalmente consagrada a política externa.
Naquela que é a primeira cimeira presencial do ano de líderes da UE em Bruxelas, a agenda da primeira sessão de trabalhos ficou mais 'preenchida' com a inclusão de uma discussão sobre sanções suplementares ao regime de Minsk encabeçado pelo Presidente Alexander Lukashenko, na sequência do desvio e aterragem forçada de um voo comercial da Ryanair, na véspera, para a detenção de um opositor.
Os 27 decidiram solicitar às companhia europeias para evitar o espaço aéreo bielorrusso, enquanto banem as transportadoras da Bielorrússia na Europa, exigindo ainda mais sanções contra o regime de Lukashenko.
Em causa está o desvio forçado de um voo da Ryanair para Minsk (Bielorrússia) no domingo à tarde, a meio de uma viagem entre Atenas (Grécia) e Vílnius (Lituânia), que culminou com a detenção do jornalista e ativista bielorrusso Roman Protasevich.
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