A União Europeia decidiu hoje fechar o espaço à Bielorrússia, república ex-soviética fronteira ao bloco europeu, além de adotar uma série de sanções contra altos responsáveis e entidades do Estado.
Após um contacto com Jake Sullivan, conselheiro para a Segurança Nacional dos Estados Unidos, a dirigente da oposição da Bielorrússia, Svetlana Tikhanovskaia, pediu à Administração norte-americana, através da rede social Twitter, que "isole o regime e faça pressão através de sanções".
A candidata às presidenciais de agosto de 2020, forçada a refugiar-se na Lituânia, apelou ainda, numa outra mensagem divulgada na rede social, à possibilidade de participação "das forças democráticas bielorrussas na reunião do G7" (grupo dos sete países mais industrializados do mundo), que se vai realizar entre 11 e 13 de junho, no Reino Unido.
O Presidente fracês, Emmanuel Macron, já se mostrou favorável a um eventual convite dirigido à oposição bielorrussa para que participe na reunião do G7.
Fontes do gabinete do chefe de Estado francês, que se encontra em Bruxelas para participar na reunião do Conselho da Europa, disseram à AFP que Macron irá considerar o convite caso o Reino Unido aceite a iniciativa.
Entretanto, informações divulgadas pela aplicação de mensagens Telegram, referem que o Presidente bielorrusso, Alexandre Lukashenko, deve pronunciar-se hoje sobre a atual crise política.
As autoridades bielorrussas são acusadas de desvio de um voo comerciar que fazia a ligação entre Atenas e Vilnius, depois de lançarem um alerta falso sobre a existência de uma bomba a bordo do aparelho para obrigar a aterrar em Minsk.
A operação teve como objetivo prender Roman Protassevitch, um jornalista da oposição, de 26 anos, que se encontrava a bordo.
A companheira do jornalista, Sofia Sapéga, também foi presa.
Protassevitch, antigo chefe de redação da publicação Nexta, da oposição ao regime de Misnk, apelou à mobilização da população durante a contestação de 2020.
Minsk acusa o jornalista de "estar envolvido em atividades terroristas".
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