"Planeamos devolver 72 mil doses à Covax", disse o líder das operações covid-19 no Ministério da Saúde, Angelo Goup Thon, citado pela agência France-Presse, argumentando que a distribuição tem sido dificultada por problemas logísticos e pela resistência dos habitantes à vacinação.
O país tinha recebido 132 mil doses no final de março através da Covax, mecanismo global de fornecimento de vacinas aos países menos desenvolvidos, mas do total de 12 milhões de habitantes do Sudão do Sul, menos de 8 mil receberam a vacina.
O responsável governamental explicou que depois do envio das vacinas, o país ainda terá 52 mil doses do mesmo lote, que espera utilizar antes de 18 de julho, quando termina a validade.
O Governo afirmou esta semana que recebeu uma reação positiva da Covax relativamente a esta decisão, permitindo que outros países possam usar as vacinas.
O Sudão do Sul é o país mais jovem do mundo, resultante da separação do Sudão em 2011, depois de décadas de guerra com Cartum, a capital do vizinho a norte, mas mergulhou novamente numa guerra civil no final de 2013, da qual está ainda a recuperar.
A insegurança e a falta de infraestruturas rodoviárias dificultam a distribuição das vacinas, tal como acontece em vários países africanos, a que se junta a desconfiança relativamente à segurança da vacina.
O Sudão do Sul regista mais de 10.600 casos de infeção pelo novo coronavírus, com 115 mortes.
África registou mais 255 mortes associadas à covid-19 nas últimas 24 horas, contabilizando 128.718 óbitos desde o início da pandemia, e 8.644 infetados, de acordo com os mais recentes dados oficiais.
Segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), o número total de casos na região é de 4.768.416 e o de recuperados é de 4.316.330, mais 13.004 nas últimas 24 horas.
O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egito, em 14 de fevereiro de 2020, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infeção, em 28 de fevereiro.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.475.079 mortos no mundo, resultantes de mais de 167,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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