A representante da Oxfam em Cuba, Elena Gentili, disse à comunicação social que Biden pode inverter as medidas adotadas pelo ex-Presidente norte-americano, Donald Trump, e "trabalhar com o Congresso para alcançar o levantamento definitivo do embargo".
A Oxfam pronunciou-se, desde 2016, contra "esta política que limita o pleno gozo dos direitos dos cubanos", acrescentou Gentili, referindo-se ao embargo económico em vigor desde 1962, e codificado na Lei Helms-Burton em 1996.
A aproximação promovida, em 2015, pelo então Presidente Barack Obama (EUA) e Raúl Castro (Cuba), desvaneceu-se com um aumento das sanções de Washington, em 2017, que contribuíram para a deterioração da economia cubana, que já se encontrava bastante debilitada.
Trump puniu o setor dos transportes, turismo e remessas, proibiu os negócios com uma "lista negra" extensa de empresas ligadas ao exército cubano, paralisou os serviços consulares após misteriosos problemas de saúde sofridos pelos diplomatas norte-americanos e colocou Cuba novamente na lista de patrocinadores do terrorismo, da qual tinha saído em 2015.
Gentili defende que estas medidas afetam as famílias e a economia cubana e disse que a ONG britânica encorajou o Governo de Cuba "a continuar a materializar as transformações impulsionadas pela aprovação da nova Constituição de 2019".
Apesar das reivindicações, a atual presidência dos Estados Unidos deixou claro que a mudança da política de Cuba não é uma prioridade neste momento.