Segundo a agência France-Presse (AFP), no centro do Rio de Janeiro, cerca de 10.000 pessoas participaram no protesto, organizado por movimentos de esquerda e estudantis, gritando "Fora Bolsonaro" e "Genocídio de Bolsonaro", numa referência às vítimas da covid-19 no Brasil.
Para os manifestantes, muitas das mortes de covid-19 poderiam ter sido evitadas se a abordagem no controlo da pandemia tivesse sido outra e se o governo brasileiro tivesse lançado a campanha de vacinação mais cedo.
Nos atos de protesto, que decorreram em várias cidades brasileiras, como Salvador (nordeste), Brasília e Belo Horizonte (sudeste), os manifestantes acusaram ainda Bolsonaro de racismo e criticaram-no por promover o desmatamento da Amazónia.
As organizações das manifestações pediram aos participantes para adotarem as medidas de prevenção da covid-19 e distribuíram máscaras e gel desinfetante.
Os protestos decorreram depois de Jair Bolsonaro ter convocado manifestações de apoio ao seu governo há duas semanas.
Segundo o Instituto Datafolha, a popularidade de Bolsonaro caiu para 24%, o nível mais baixo da sua Presidência.
Hoje foi anunciado que governadores de 18 das 27 unidades federativas brasileiras recorreram na sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar impedir que sejam convocados para depor numa Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre falhas na pandemia.
Jair Bolsonaro voltou na quinta-feira a acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar suspender medidas restritivas impostas por governadores para travar a pandemia no país, num momento em que especialistas preveem uma terceira vaga.
A gestão de Bolsonaro da pandemia está a ser investigada por uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado brasileiro, que investiga alegadas omissões cometidas pelo Governo.
O Brasil aproxima-se de 460 mil mortes e 16,4 milhões de casos de covid-19, após ter somado 2.371 óbitos e 49.768 infeções nas últimas 24 horas, informou hoje o Ministério da Saúde brasileiro.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.513.088 mortos no mundo, resultantes de mais de 168,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
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