"Na América Central, milhares de famílias ainda estão a recuperar os danos causados pelos furacões Eta e Iota, que afetaram mais de 7,5 milhões de pessoas há apenas seis meses", referiu o secretário-geral da FICV, Jagan Chapagain, ao adiantar que a organização já começou a preparar a ajuda humanitária para responder às próximas tempestades.
Especialistas citados pela agência EFE preveem a formação de treze a vinte tempestades no Oceano Atlântico durante a temporada que começa em junho, das quais entre seis e dez evoluirão para furacões, incluindo alguns de forte intensidade de categoria três ou superior.
Segundo Jagan Chapagain, as populações que ficaram sem recursos nas últimas intempéries ficarão novamente sujeitas a situações climatéricas extremas como chuvas torrenciais, deslizamentos de terra e inundações.
Devido às dificuldades de mobilidade causadas pela pandemia, o apoio pode demorar mais tempo para chegar a estas populações, o que fez com que a FICV antecipasse a logística da ajuda humanitária, deslocando com antecedência meios para atender às necessidades de pelo menos 60 mil pessoas do Panamá, Guatemala, Honduras e Caraíbas.
"Estes fenómenos meteorológicos são cíclicos e cada vez mais frequentes e intensos", alertou o chefe da Unidade de Desastres, Crises e Clima da FICV, Roger Alonso.
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