Na segunda-feira à noite, a polícia deteve, no interior de um avião que estava pronto para descolar, em São Petersburgo, Andrei Pivovarov, ex-presidente do movimento Open Rússia (Rússia Aberta) fundado pelo oligarca no exílio e opositor do Kremlin Mikhail Khodorkovsky.
Pivovarov está a ser investigado pela sua atividade política dentro de uma organização considerada "indesejável" pelas autoridades, o que constitui um crime punível com uma pena de até seis anos de prisão.
Segundo o ativista russo, os procuradores iniciaram as averiguações em maio, com base numa mensagem divulgada na rede social Facebook em agosto de 2020.
"É um pretexto para impedi-lo de participar nas eleições legislativas", em setembro, denunciaram membros da Open Rússia, nas redes sociais.
"Todos sabiam que eu tencionava participar nas eleições. Agora, existe essa tradição (na Rússia) de que, quando alguém declara a intenção de participar numa eleição, começam os problemas: investigações, buscas, prisões", disse Pivovarov, durante uma audiência judicial, hoje em Krasnodar (sudoeste).
Leia Também: Polícia russa detém opositor e faz rusgas a casas de críticos do regime