Antes da cimeira de chefes de Estado e de governo que começa na sexta-feira da próxima semana, os ministros comprometeram-se "a favor de um novo acordo internacional que torne mais fácil e rápido partilhar os resultados dos testes de vacinas e tratamentos para lutar contra a covid-19 e prevenir futuras ameaças à saúde", de acordo com um comunicado do Ministério da Saúde britânico divulgado após a reunião em Oxford, no Reino Unido.
Esta "carta para ensaios clínicos de vacinas" vai "fortalecer a colaboração em ensaios internacionais de grande escala" e "evitar duplicações desnecessárias", sublinha o texto.
Ao mesmo tempo, "define os princípios comuns para acelerar a velocidade com que os ensaios clínicos geram evidências sólidas e os seus resultados podem ser implementados nesta pandemia e em futuras pandemias", afirmaram os ministros da Saúde do G7, em declaração conjunta.
Este acordo acontece num momento em que os líderes da indústria farmacêutica se comprometeram a "reduzir para 100 dias o tempo para desenvolver e experimentar novos diagnósticos, tratamentos e vacinas", segundo o Ministério da Saúde britânico.
Os países do G7 estão também a destacar a colaboração para melhorar a vigilância do novo coronavírus no mundo e a deteção de ameaças à saúde.
Além disso, reafirmaram ainda o papel central da Organização Mundial da Saúde (OMS), à qual os Estados Unidos regressaram em janeiro com a chegada do novo Presidente, Joe Biden, à Casa Branca, após a retirada do seu antecessor, Donald Trump.
Na vanguarda da partilha de vacinas, um dos pontos-chave das discussões após um apelo aos países ricos para que façam mais, os ministros da Saúde do G7 comprometeram-se a compartilhar as doses com países em desenvolvimento através do mecanismo internacional Covax.
O G7 enfatizou ainda a necessidade de desenvolver padrões internacionais para os certificados de vacinação e de despistagem da covid-19, a fim de facilitar uma "aceitação mútua".
O Governo britânico tem este ano a programa da presidência rotativa do Reino Unido do grupo das sete economias mais industrializadas: Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e EUA, juntamente com a União Europeia (UE).
No encontro também participaram virtualmente os países convidados da presidência britânica do G7, como a Índia, Coreia do Sul, Austrália e África do Sul.
O Relatório Carbis Bay mostra que desde 2015, os membros do G7 ajudaram a expandir o acesso às vacinas, apoiaram os países em desenvolvimento na formação, recrutamento e retenção de profissionais de saúde e ajudaram mais de 70 países a combater epidemias de doenças infecciosas.
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