Covid-19: Governo da Venezuela inclui indígenas do Amazonas na vacinação

A população indígena Yanomami, do Estado venezuelano do Amazonas, na fronteira com o Brasil, foi incluída pelo governo de Nicolás Maduro na segunda fase do processo de vacinação contra a covid-19, adiantou hoje um portal de notícias pró-governamental.

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Lusa
06/06/2021 18:15 ‧ 06/06/2021 por Lusa

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Covid-19

 

Através de uma mensagem na rede social Twitter, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Jorge Arreaza, enfatizou a "emoção" subjacente a esta iniciativa do executivo venezuelano e das autoridades de saúde.

"Um desafio logístico. Até às profundezas do estado do Amazonas, equipas do Ministério da Saúde, do Serviço Autónomo do Centro de Investigação e Controlo das Doenças Tropicais do Amazonas, agentes de saúde indígenas e das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas vacinam as comunidades Yanomami contra a covid-19", escreveu.

Desde 29 de maio, o governo de Caracas alargou os pontos de vacinação, aos quais, durante a primeira semana desta nova etapa, milhares de cidadãos vieram receber a sua dose. Embora a maioria tenha conseguido ser inoculada, uma parte regressou a casa sem ter sido vacinada, segundo a EFE.

O último relatório governamental sobre a evolução da pandemia, apresentado no sábado, indica que 240.714 pessoas foram infetadas com o novo coronavírus, das quais 221.108 já se recuperaram. No entanto, a doença provocada pelo SARS-CoV-2 já foi responsável pela morte de 2.708 cidadãos.

Em relação à vacinação, a vice-presidente executiva, Delcy Rodriguez, explicou que cerca de 11% dos venezuelanos já foram vacinados, ou seja, cerca de 3,3 milhões de pessoas. No entanto, a informação tornada pública pelo país anteriormente referia apenas 2,73 milhões de vacinas recebidas, desconhecendo-se quando terão chegado as restantes 570 mil doses em falta face ao número reportado por Delcy Rodriguez.

A Venezuela anunciou na última sexta-feira um acordo com a empresa farmacêutica russa Gerofarm para o envio de 10 milhões de doses da vacina EpiVacCorona, embora a data de chegada não tenha sido especificada.

Também pendente está o envio de mais de 11 milhões de unidades do sistema Covax, no qual, segundo a Organização Pan-Americana de Saúde, a Venezuela devia 18 milhões de dólares para completar o pagamento correspondente, apesar de o governo ter dito que tinha feito o pagamento do montante em abril.

Depois de ter fixado a imunização da população em agosto, o prazo foi já adiado para setembro e, posteriormente, para outubro, até ter sido agora reconhecido pelo governo que apenas em dezembro conta ter 70% da população vacinada contra a covid-19.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 3.723.381 mortos no mundo, resultantes de mais de 172 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Leia Também: AO MINUTO: 10 mil britânicos saíram de Faro; Estirpe indiana preocupa

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