"A Bielorrússia não reconhece a sua responsabilidade no desvio forçado de um voo comercial", disse o ministro executivo japonês, Katsunobu Kato, em conferência de imprensa, adiantando, no entanto, que, devido à "violação dos tratados internacionais", o Japão não permitirá que as companhias aéreas bielorrussas solicitem aterragem no arquipélago, "nem concordará em criar qualquer nova rota entre os dois países".
"O Japão condena veementemente a Bielorrússia por forçar a aterragem de um avião privado e pela detenção arbitrária de uma pessoa, por isso, pedimos a libertação imediata do jornalista detido", acrescentou o porta-voz do governo japonês.
A decisão do país asiático de fechar o seu território ao país do Leste Europeu é mais simbólica do que prática, já que Japão e Bielorrússia não têm voos diretos.
O vice-presidente executivo da Comissão Europeia, Frans Timmermans, afirmou que a Bielorrússia vai ser alvo de mais sanções, descrevendo o Governo do Presidente Alexander Lukashenko como "um regime ilegítimo" que coloca propositadamente os cidadãos da UE em perigo.
Num texto de opinião publicado pela Euractiv, Timmermans apontou críticas duras ao Presidente da Bielorrússia e reprovou o desvio do avião da Ryanair, no dia 23 de maio, que resultou na detenção de Roman Protasevich, jornalista e um dos criadores do canal Nexta, na rede social Telegram.
A União Europeia respondeu ao incidente com a aplicação de sanções à Bielorrússia, como a restrição de voos pelo espaço aéreo bielorrusso e a proibição de voos oriundos do país.