"Acabo de entregar à Sua Excelência o Presidente da República, Sua Excelência Eaustin Archange Touadéra a minha renúncia e a do Governo", pode ler-se na mensagem publicada na rede social Twitter pelo primeiro-ministro Firmin Ngrebada.
Antigo chefe de gabinete do chefe de Estado Faustin Archange Touadéra, o agora primeiro-ministro demissionário ocupava o cargo desde fevereiro de 2019.
À agência AFP, o porta-voz da presidência, Albert Yaloké Mokpémé, confirmou o pedido de demissão.
"Saberemos em poucas horas se o primeiro-ministro foi renomeado pelo presidente", acrescentou.
O Presidente Faustin Archange Touadéra foi reeleito em 27 de dezembro de 2020, apesar de uma votação em que menos de um em cada três eleitores foi às urnas. O período eleitoral decorreu no meio de ofensivas rebeldes.
Classificada pela ONU como o segundo país menos desenvolvido do mundo, a República Centro-Africana enfrenta uma guerra civil desde 2013, que, no entanto, diminuiu consideravelmente de intensidade desde 2018.
Desde o final de dezembro, perante a existência de uma ofensiva rebelde que tinha como objetivo derrubar o chefe de Estado, o exercito do Presidente reconquistou, após as eleições, mais de dois terços do território antes controlado por grupos rebeldes armados.
Esta operação desenrolou-se graças à presença de centenas de paramilitares russos, enviados por Moscovo.
Portugal tem atualmente 241 militares na República Centro-Africana, dos quais 183 integram a missão das Nações Unidas (Minusca).
Os restantes 58 militares portugueses participam na missão de treino, promovida pela União Europeia, até setembro deste ano.
Leia Também: Francês preso na RCA acusado de espionagem e conspiração