Na primeira conferência de imprensa após as presidenciais de sexta-feira, Ebrahim Raisi disse que é um "defensor dos Direitos Humanos" quando questionado sobre o envolvimento nos fuzilamentos de 1988 após o final da guerra contra o Iraque.
Os Estados Unidos e várias organizações não-governamentais ocidentais acusam o novo Presidente do Irão de ter sido responsável por torturas e execuções sumárias.
"Tudo o que eu fiz durante os meus anos de serviço foi sempre orientado no sentido da defesa dos Direitos Humanos", disse Raisi, que ainda dirige a Autoridade Judiciária do Irão.
Raisi fez parte do chamado "tribunal da morte", que condenou à morte prisioneiros políticos na segunda metade dos anos 1980, no Irão.
Questionado sobre uma eventual reunião com Joe Biden, Raisi disse simplesmente: "Não".
O candidato moderado às eleições Abdolnasser Hemmati tinha admitido, durante a campanha, que estaria disposto a encontrar-se com Biden.
O novo Presidente do Irão, proclamado vencedor após as presidenciais de sexta-feira vai tomar posse em agosto.
As presidenciais do Irão foram as menos participadas de sempre, tendo aumentado a abstenção em relação às últimas eleições para o cargo de chefe de Estado.
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